Por O Dia

A partir da identificação dos primeiros casos da Covid-19 na China no fim de dezembro, o mundo começou a desenvolver tecnologias para facilitar o tratamento e a identificação do vírus responsável pela doença. O Brasil acompanhou as inovações e, desde a confirmação dos primeiros casos no país, adotou os principais métodos para detectar o novo coronavírus aplicados no mundo: o RT-PCR e o teste de sangue.

Em entrevista a O DIA, o infectologista e professor do Hospital Universitário Pedro Ernesto (da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Marcos Lago, apontou as principais diferenças entre as testagens.

Logo que o paciente começar a apresentar os primeiros sintomas, o teste mais recomendado é o RT-PCR, o conhecido teste do cotonete.

Nesse exame, o médico coleta uma amostra de secreção nasal ou da garganta para levar ao laboratório. Lá, o material colhido ficará exposto em uma cultura com proteínas especiais nas quais o vírus irá se acoplar e sobreviver por, pelo menos, 48 horas.

"Se depois de dois dias for possível detectar o vírus, já pode fechar o diagnóstico", afirmou o infectologista.

O tempo para a coleta é específico e, se o exame for feito fora de hora, pode ter um resultado diferente.

"O ideal é que o paciente faça o teste entre o 3º e o 10º dia após apresentar os primeiros sintomas. Se colher antes, pode ter pouco vírus e, se colher depois, pode não ter mais vírus", explicou o professor. Apesar da precisão para resultados positivos, ele aponta que o falso negativo pode acontecer em 30% a 40% dos testes e descarta o uso em massa devido ao alto custo do exame. 

Já a segunda alternativa, o teste sanguíneo, é responsável por identificar se o organismo do paciente já começou a produzir anticorpos para combater a Covid-19. Os testes de sangue rápidos ou laboratoriais, diferentemente do PCR, são mais eficazes se realizados em pacientes que estão ou já passaram pelo processo de cura — ou seja, a partir do 7º dia depois do surgimento dos primeiros sintomas da doença.

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