Todo dia é dia de feira. E, em tempos de pandemia, nunca foi tão importante ter uma despensa abastecida. Fundamentais durante o ano todo, os feirantes têm se desdobrado ainda mais para se proteger e não deixar que frutas, legumes e verduras faltem na mesa dos cariocas.
Eduardo dos Santos é feirante há mais de 28 anos e reflete sobre como o seu trabalho mudou nas últimas semanas. "É uma função muito importante para a sociedade e estamos fazendo de tudo para continuar cumprindo nosso papel. E isso começa pelos nossos cuidados, que vão desde o uso do álcool gel até a inclusão de máscaras e luvas na rotina", destaca o carioca, que tem receio de se contaminar e levar o vírus para casa.
Vendedor de frutas, Sílvio de Almeida tem 53 anos e trabalha na feira desde os 18. O comerciante adotou uma estratégia firme para reduzir os riscos de contágio. "Eu tenho dois vidros de álcool em gel em cima da barraca e todo mundo fica de máscara. É claro que a gente pede que os clientes mantenham distância, mas o pessoal não respeita muito", diz.
A prefeitura confirma que as feiras podem continuar acontecendo, mas com restrições. "Respeitando a determinação de só manter funcionando os serviços essenciais, para garantir o distanciamento entre as barracas e também evitar aglomerações, a Coordenação de Feiras suspendeu as barracas que não vendem frutas, legumes, pescados, aves abatidas", diz em nota. Também estão suspensas as barracas de alimentos preparados na hora, para evitar o consumo no local.