Por O Dia

A Prefeitura do Rio anunciou ontem que vai editar decreto para tornar obrigatório o uso de máscaras. A medida, que ainda não possui data definida para entrar em vigor, visa conter o avanço do novo coronavírus e garantir maior proteção das pessoas que precisam sair de casa para trabalhar ou por alguma urgência.

O prefeito Marcelo Crivella afirmou que os trabalhadores de estabelecimentos essenciais e pessoas que forem às ruas terão que usar máscaras como prevenção. Para ajudar no cumprimento do decreto, 500 costureiras de comunidades do Rio e de escolas de samba foram contratadas pela Secretaria de Assistência Social.

"A ideia é que, nos próximos dias, nos entreguem 1,8 milhão de máscaras para distribuição", revelou Crivella. Segundo ele, quem estiver na rua sem o item de proteção vai ser aconselhado a colocar a máscara.

O prefeito anunciou ainda que não vai flexibilizar o isolamento. E não cogita reabrir as escolas da rede municipal, contrariando o presidente Jair Bolsonaro, que prega inadequadamente a volta gradual das atividades das cidades, sem se importar com a possível proliferação do novo coronavírus.

O prefeito garantiu que o isolamento vai permanecer, no mínimo, pelas próximas duas ou três semanas. "É fundamental manter o afastamento. As curvas mostram que estamos ainda numa subida que requer cuidado quando comparado com o sistema de saúde da cidade", destacou.

Crivella fez ainda, por incrível que pareça, uma comparação com a Arca de Noé. Na passagem bíblica, Noé constrói uma arca para proteger sua família e os animais de um dilúvio. Mas, para o prefeito, contudo, a embarcação bíblica é uma metáfora para se mostrar preparado com equipamentos e a montagem de hospitais de campanha para a Covid-19. "Estamos construindo nossa arca. Não é possível que, por imprudência, a gente adiante o dilúvio. Precisamos ter a arca pronta quando o dilúvio chegar, que é máximo da infecção", comparou.

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