Familiares de vítima da covid-19 invadiram hospital e quebraram placas de sinalização - Divulgação
Familiares de vítima da covid-19 invadiram hospital e quebraram placas de sinalizaçãoDivulgação
Por O Dia
Rio - A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) e o Ministério Público estadual (MPRJ) entraram com uma ação coletiva na última sexta-feira contra Governo do Estado e Prefeitura do Rio, pedindo que sejam adotadas medidas emergenciais no combate ao coronavírus. Alegando que o sistema de saúde beira "o colapso com a ocupação de 93,9% dos leitos de UTI da cidade", a principal exigência é que sejam liberados em até cinco dias mais 155 leitos prometidos nas redes municipais e estaduais, não incluídos os hospitais de campanha.
A ação diz que os leitos bloqueados estão previstos no Plano de Contingência à Covid-19 e já deveriam estar em funcionamento. São 61 inoperantes no Hospital Estadual Anchieta, que eram para estar abertos em 7 de abril; oito no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla; 71 no Hospital Universitário Pedro Ernesto; e cinco no Instituto Estadual do Cérebro. Além disso, tanto Defensoria quanto MPRJ relatam que não identificaram no SISREG os 10 leitos do Hospital das Clínicas (IESS).
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"É fundamental que todos os leitos de UTI programados pelos próprios gestores para o tratamento digno da população carioca estejam em pleno funcionamento, sobretudo porque não há possibilidade de escoamento desses pacientes na rede existente, já notoriamente deficitária em leitos intensivos", afirma a coordenadora de Saúde e Tutela Coletiva da Defensoria, Thaisa Guerreiro.
Em nota, o Governo do Estado informou que abriu 548 novos leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 nos últimos 45 dias, incluindo em unidades citadas na ação. E que a taxa de ocupação na rede estadual é de 60% em leitos de enfermaria e 74% de UTI. Por fim, reforçou que serão inaugurados outros 2 mil somente hospitais de campanha, totalizando mais de 3.400 no estado.
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Já a Prefeitura anunciou ontem a abertura de mais cinco leitos de UTI e 11 de enfermaria no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, chegando a um total de 186 leitos (65 de terapia intensiva e 121 de clínica média). Nos próximos dias serão disponibilizadas mais vagas e a expectativa é chegar a 381.