Rio - Enquanto boa parte da população permanece em casa para evitar o contágio do coronavírus, festas clandestinas têm provocado aglomerações no Rio, principalmente na Zona Oeste. No último fim de semana, uma 'rave' em Campo Grande varou a madrugada e foi até a manhã do domingo. O trabalho de divulgação foi cauteloso, para evitar denúncias, com postagens sobre o evento em grupos privados no WhatsApp e no Instagram.
Moradores da região que receberam o cartaz da 'Clandestine Party' denunciaram para o 1746, a central de atendimento da prefeitura. Mas o evento, ainda assim, aconteceu. Quem compareceu fez ironias nas redes sociais. "Certo eu não estou, mas a festa foi boa para c…", disse um jovem. "Fui flagrado em dobro: quebrando a quarentena e sendo 'raveiro'", brincou outro.
O Disk Aglomeração (3460-1746), criado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), recebeu 2.691 chamados de aglomerações entre 31 de março e o último domingo. A Zona Oeste é campeã absoluta de denúncias: Campo Grande, Bangu e Realengo são os bairros com mais chamados. Centro, Santa Cruz, Copacabana, Taquara, Tijuca, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes completam a lista de recordistas em aglomerações.
Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, as festas também têm rolado normalmente. "Aqui em Comendador Soares, sempre nos finais de semana rola festa nas praças. O número de pessoas presente diminuiu, porém ainda ocorre as festas, com carro de som e tudo. No último domingo aconteceu, acredito, com umas 100 pessoas ou mais", disse uma moradora.