Por André Arraes

O decreto do prefeito Marcelo Crivella sobre o uso obrigatório das máscaras de proteção nas ruas, estabelecimentos abertos ao público e nos meios de transporte, completa hoje uma semana. A medida tem como objetivo conter a disseminação do coronavírus. No entanto, a determinação proporcionou como efeito o aumento de pessoas nas ruas e, assim, fugindo do isolamento social. Não à toa, o prefeito reclamou que "a máscara não é passaporte para ir às ruas", reforçando o pedido para os cidadãos permanecerem em casa.

De acordo com o médico infectologista do Laboratório Sérgio Franco, David Urbaez, a população precisa continuar com as medidas de isolamento e ter mais compreensão do risco que corre ao ir à rua. "Mesmo com as máscaras, a pessoa só deve sair de casa se for indispensável. A recomendação do uso de máscaras não significa o retorno às atividades. Mesmo com qualquer tipo de abertura do comércio, feiras ou igrejas, o cidadão tem que continuar consciente de que permanecemos em uma pandemia. E a pandemia nada mais é do que um risco enorme de termos a propagação de um vírus altamente transmissível e letal", alerta.

A auxiliar administrativa Andréa Esteves, de 50 anos, mora com os pais idosos em Marechal Hermes, na Zona Norte, e sai de casa apenas para o mercado e a farmácia. Ela conta que as pessoas, após o decreto, estão usando mais o equipamento de proteção, mas também estão saindo mais de casa.

"Acho que uns 80% das pessoas estão usando máscara. Nos estabelecimentos só estão deixando entrar com a proteção, daí ficou mais difícil ver o pessoal sem. Mas sempre tem alguns que desrespeitam. Não faz sentido sair de casa para ser barrado. Não tem desculpa para não usar a proteção, pois preços estão acessíveis, estão doando. No início da semana estava voltando para casa e tinha uma fila grande na loteria, as pessoas estavam de máscara, mas o ideal é que isso não acontecesse", conclui.

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