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O cronograma do Enem 2020 (Exame Nacional do Ensino Médio) deverá ser mantido para evitar o comprometimento do calendário de divulgação dos resultados. A decisão foi tomada pelo desembargador federal Antonio Cedenho, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3). Ele suspendeu os efeitos da liminar que determinava a readequação do calendário do Enem, devido ao novo coronavírus.

Para o magistrado, a alteração do cronograma poderia atrasar o início do ingresso de estudantes no Ensino Superior. Na decisão, o relator do processo acatou recurso interposto pela União e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em Ação Civil Pública movida pela Defensoria Pública da União.

O magistrado lembrou que, para a realização das provas do Enem, diversas providências precisam ser adotadas, inclusive de natureza logística, para que tudo saia dentro de prazo hábil à divulgação dos resultados e utilização das notas pelas universidades. "Tome-se como exemplo o fato de que as provas são nominais e com foto, donde se conclui pela necessidade de conhecer previamente os candidatos inscritos dentro do prazo assinalado pelo edital a fim de que as gráficas iniciem a impressão das provas".

Para o deputado estadual Waldeck Carneiro, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Rio, o mundo vive uma excepcionalidade e o Enem precisa dialogar com ela. "Vivemos uma grave crise sanitária. A situação é delicada e excepcional. Atingiu o funcionamento das escolas, que suspenderam suas atividades ou estão se adaptando a ambientes virtuais de maneira remota. Seria possível considerar que o Enem 2020 fosse adiado para o início de 2021", sugeriu Waldeck Carneiro.

Segundo Eduardo Neves, coordenador de educação continuada do Centro Universitário IBMR, independentemente do calendário, o jovem precisa manter uma rotina de estudo mesmo na pandemia. "Crie uma rotina de estudo e se dedique de acordo com esse planejamento".

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