Daniele Cristina Lopes atua como operadora da Usina Termelétrica de Santa Cruz, no Rio de Janeiro - Divulgação
Daniele Cristina Lopes atua como operadora da Usina Termelétrica de Santa Cruz, no Rio de JaneiroDivulgação
Por O Dia
Rio - Há 20 anos, Daniele Cristina Lopes atua como operadora da Usina Termelétrica de Santa Cruz (350 MW), no Rio de Janeiro, que produz energia suficiente para abastecer até um milhão de pessoas. Aos 40 anos, é uma das colaboradoras de Furnas que trabalha diretamente na geração e transmissão de energia para a Região Metropolitana da capital carioca. De frente a computadores e painéis eletrônicos, ela atua no acionamento dos equipamentos da usina e das subestações Santa Cruz, Zona Oeste e Angra dos Reis.

A rotina de trabalho inclui inspeções na sala de controle e, em caso de emergência, atuar em procedimentos para normalização e pronto restabelecimento do fornecimento de energia a residências, hospitais, sistemas de transporte e indústrias. Consciente da sua importância neste período em que a maioria das pessoas precisa ficar em casa, Daniele conta que o trabalho durante a pandemia tem sido um desafio ainda maior.

“Tenho muito orgulho da minha profissão e por pertencer ao grupo de serviços essenciais, colaborando com a equipe para levar energia elétrica a todos, principalmente para hospitais e casas de toda a população”, afirma Daniele.

Solteira, ela mora com a mãe, irmã e sobrinha em Bangu, Zona Oeste do Rio. Em casa, segue todas as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), separando a roupa na parte externa ao chegar da rua e caprichando na limpeza das mãos com água e sabão, além do uso de álcool gel e outros produtos.

No trabalho, os protocolos de prevenção são ainda mais rigorosos, desde o momento do embarque no transporte oferecido pela empresa até a entrada na usina. “Utilizamos máscaras cedidas pela empresa, temos acesso constante ao álcool em gel e a cada troca de turno é realizada a higienização das mesas e equipamentos”, conta. “Trabalhamos com uma distância de pelo menos 1,50 metros entre os colegas”, complementa.

Em Campos, colaborador trabalha no fornecimento de energia para o Norte, Noroeste, Região dos Lagos do Rio de Janeiro

O operador de sistema elétrico Paulo Fernando Soares Junior, 48 anos, trabalha oito horas por dia em regime de turnos. Ele sabe que, quando o assunto é abastecimento de energia, a população do Norte, Noroeste, Região dos Lagos e Macaé precisa do serviço 24 horas, por isso é uma das tarefas consideradas essenciais. A equipe também é responsável pela transmissão de energia para o estado do Espírito Santo.

Funcionário de Furnas há 27 anos, Soares conta que já enfrentou alguns desafios na carreira, mas nada comparado ao período atual de pandemia. “Sempre trabalhamos com protocolos de segurança, no entanto, para prevenção individual e coletiva, estamos seguindo um rigoroso procedimento diário tanto na limpeza e higienização, quanto na distância dos colegas para evitar aglomeração”, relata o funcionário.

Casado e com dois filhos, Paulo Fernando tem respeitado a quarentena com a família, com saídas exclusivamente para compras em supermercados e farmácia, além de utilizar máscara e álcool em gel. “Até evito sair de casa para comer, por isso estamos priorizando o delivery, uma vez que também temos pessoas idosas morando com a gente”, complementa.

Ao sair de casa para o trabalho, o veículo da empresa é higienizado com álcool 70% e as salas; mesas e cadeiras no ambiente de trabalho passam por limpeza duas vezes ao dia. “Cada operador fica em sua própria mesa de controle, com distanciamento de pelo menos 1,5 metros do colega, e as conversas geralmente são por telefone”, finaliza.