A psicóloga Maria Cristina Urrutigaray com a poodle Aline Maria - Arquivo Pessoal
A psicóloga Maria Cristina Urrutigaray com a poodle Aline MariaArquivo Pessoal
Por ANA CARLA GOMES

A chegada há uma semana da gatinha Maggie foi festejada, registrada e compartilhada com emoção nas redes sociais por Alessandra Grochko, de 44 anos, uma apaixonada pelos felinos desde pequena. Adotada, Maggie trouxe alegria para a casa da maquiadora em tempos difíceis de isolamento social, ainda mais depois que a família perdeu a gatinha mais velha, Lisa, há pouco mais de um mês. Bart e Pluft completam a turma de bichinhos da casa. Assim como ela, outros apaixonados por animais comprovam como os pets melhoram o clima e o astral onde vivem, especialmente em tempos difíceis como os de agora.

"Sempre fui criada com gatos. Cresci numa casa, em Curitiba, cheia deles. Era uma delícia. Eles enfeitam o lugar", conta Alessandra, que passou a paixão pelos felinos para o marido, Diogo Costa. Tanto que, no início do casamento, há 15 anos, a Lisa chegou. A despedida da gatinha, que morreu já velhinha durante o isolamento social, mobilizou a família.
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Mateus e Celina, filhos da maquiadora Alessandra Grochko, com a gatinha Maggie, adotada pela família - Arquivo Pessoal
 
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Pais de Mateus, de 10 anos, e Celina, de 7, eles resolveram, então, adotar Maggie: "Está sendo uma alegria. E é também uma maneira de tirarem as crianças dos eletrônicos nas horas de lazer, já que voltaram a ter aulas, agora online. Nossa casa está bem mais animada e o amor mais visível", diz. Agora, Maggie completa o trio de gatos com Bart e Pluft.
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Aconchegantes
A psicóloga Maria Cristina Urrutigaray, dona da poodle Aline Maria, conhece bem o poder de ter um pet por perto. "O animal, pelo convívio com a gente, vai se humanizando. Ele sente profundamente nosso estado de ânimo", afirma, destacando o lado aconchegante: "O animal só dá carinho. É muito difícil que seja arredio".
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Ligada à causa animal, Maria Cristina alerta para a responsabilidade de se cuidar deles: "O que me preocupa é o abandono. Os bichinhos sentem muito".
Para o estudante Nilo Oliveira, de 17 anos, a companhia de seus três cães — Chico e Simba, da raça pequinês, e Jade, uma akita — tem feito toda a diferença neste momento.
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"Logo quando começou a quarentena, passei a ficar no sítio com meu pai e os cachorros para fazermos o isolamento social. Eu fico com meus cachorros quase o dia todo. Nós dormimos juntos, brincamos juntos, nadamos. Onde eu vou eles estão atrás", conta Nilo, certo de que este momento sem eles não seria o mesmo: "Então, não imagino como seria a quarentena sem a presença deles. Com certeza absoluta, mais triste e solitária. Só tenho que agradecer pela companhia dos três. Na falta de um abraço humano, o dos nossos peludos substitui muito bem".
"Se não fossem os meus cachorros, eu não sei o que teria sido de mim"
A ativista Luisa Mell e seu filho, Enzo, de cinco anos, com seus cachorros Leo e Pinguinha
A ativista Luisa Mell e seu filho, Enzo, de cinco anos, com seus cachorros Leo e Pinguinha Arquivo Pessoal
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Luisa Mell, ativista e fundadora do Instituto Luisa Mell, conta sobre a importância dos seus cães Leo e Pinguinha:
"Tive várias fases nesta quarentena. Eu tive uma em que estive doente e fiquei completamente isolada. Meu marido estava internado e eu, sozinha na minha casa, isolada do meu filho porque eu estava com a covid-19. Foi muito difícil. Foi uma fase triste, estava preocupada porque meu marido estava internado. Se não fossem os meus cachorros, eu não sei o que teria sido de mim. Eles foram essenciais para esse momento.
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"Num segundo momento, meu filho não tinha com quem brincar. Ele tem irmãos, só que são mais velhos e não moram com a gente, são por parte de pai. É como se ele fosse filho único. Então, se não fossem os cachorros para ele brincar neste período, seria mais difícil. Os bichos trazem uma outra alegria para a casa".
"As pessoas também estão falando que aumentou o número de adoções. No meu caso, não aumentou, porque a gente em época normal costuma fazer muitos eventos grandes, e não conseguimos fazê-los agora. Mas tenho tido procura, as pessoas estão indo ao instituto. Obviamente, uma por dia para mantermos a segurança de todo mundo.
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"Muita gente tem comentado que está está se sentindo sozinha, que repensou sua vida. Mas tem que ter cuidado. As pessoas não podem adotar por impulso, porque uma hora a vida volta ao normal, é o que esperamos.
"Mas algumas pessoas estavam percebendo que faltava alguma coisa nas suas vidas, que faltava um amor. Por conta disso, elas recorrem à adoção, e muitas contam que melhorou muito o ambiente da casa, falam da alegria que se instalou depois que o cachorro chegou, comentam que estava muito difícil e ainda está para todo mundo. Mas, sem dúvida alguma, os animais são grandes companheiros.
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"Para mim, fez a diferença. Aqueles dias foram os mais difíceis da minha vida. Muito solitários, sem poder abraçar ninguém. Geralmente, num momento triste, você tem alguém para te consolar. E, naquele momento, não tinha ninguém, mas havia os meus cachorros".
Felicidade e responsabilidade
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Na casa da fisioterapeuta Renata Paixão, de41 anos, a cadela Mag e o gato Manoel são companheiros para a família, em especial para a filha, Maria Gabriela, de 10 anos.
"Os animais nos ajudam neste período aliviando os sintomas de ansiedade e tristeza, fazendo com que tenhamos mais companhias em casa. Assim, os dias passam mais rápido e eles nos trazem felicidade", diz Renata. Ela alerta, também, que é preciso responsabilidade ao ter um bichinho: "Temos que ter higiene e cuidados especiais com os passeios na rua".
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Para os irmãos João Pedro Gomes Guimarães, de 13 anos, e Lucas Gomes Guimarães, de 10, quem faz a festa é o shitzu Fred, com a família há dois anos. "O cachorro dá um senso de responsabilidade para as crianças, de terem que cuidar dele, e ainda é uma grande companhia, deixando o ambiente mais leve e divertido", comenta a mãe, a psicóloga Alessandra Gomes, de 45 anos.
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