Ícone carioca desde 1953, o Biscoito Globo terá, pela primeira vez, sua fabricação interrompida. Segundo Marcelo Ponce, um dos donos da companhia, foram dadas férias coletivas aos funcionários e a produção, na Rua do Senado, acontecerá apenas para demandas específicas.
"Nosso carro-chefe é o biscoito vendido nas embalagens de papel, revendido nas ruas e nas praias. Como ninguém sai de casa e a praia está proibida, não temos para onde correr", lamentou Ponce, em entrevista para a Veja Rio.
Cerca de 5 a 7 mil saquinhos de Biscoito Globo eram vendidos por dia nesta época do ano, e a quantidade dobrava no verão. Em 2012, a marca foi declarada patrimônio cultural e imaterial do Rio. "Essa crise acabou com a gente. Coloco duas ou três pessoas para produzir somente alguns pedidos específicos, que valham a pena. É muito triste, isso", completou Marcelo Ponce, que herdou o negócio do pai. Atualmente não há mais disponível na cidade os sacos do biscoito em papel. A embalagem plástica ainda é encontrada em grandes fornecedores.
