Genivaldo Costa e Gabriel Teixeira Cavalcante - Cléber Mendes / Agência O Dia
Genivaldo Costa e Gabriel Teixeira CavalcanteCléber Mendes / Agência O Dia
Por Juliana Pimenta
Com o avanço do coronavírus, muitos profissionais ainda tentam se adaptar às novas rotinas de trabalho domiciliar, o home office. A prática, que precisou ser adotada por conta do isolamento social, só é possível porque uma classe de profissionais garante o funcionamento de computadores e diversos outros equipamentos que a população precisa para o trabalho remoto. Noris Ferreira é eletricista e entende que seu trabalho é ainda mais importante em momentos de crise como o que estamos vivendo.

“Eu trabalho no setor da emergência, que funciona 24 horas por dia. E o nosso atendimento continua o mesmo. É um serviço essencial também, porque a população depende de nós para tudo funcionar. Se não fossemos nós, os eletricistas, na linha de frente dessa batalha, não teria energia para que as pessoas pudessem seguir com suas vidas”, destaca a técnica da Enel, que trabalha em São Gonçalo, e acha que seu trabalho poderia receber um pouco mais de atenção da sociedade.
Noris Ferreira - Cléber Mendes / Agência O Dia


“Eu até acho que as pessoas estão dando mais valor ao nosso trabalho, mas a gente quase não ouve falar dos eletricistas como um trabalho essencial. O pessoal tá começando a ver agora que, faltando luz, o mundo inteiro não funciona. E nós somos primeiros a serem chamados”, argumenta.

Gestor de campo responsável pela poda, Gabriel Cavalcante, também segue firme no trabalho. Mesmo com medo de ser contaminado, o profissional se sente mais seguro com a implementação de novos cuidados na rotina. “Antigamente, a gente tinha que ir na sede e bater o cartão de ponto. Agora a gente já vai de casa direto pra rua. E todas as equipes têm acesso à máscaras, uma por dia, álcool em gel e um kit para higienização dos veículos”, conta, fazendo questão de destacar a importância das suas atividades.

“É óbvio que eu preciso trabalhar, mas eu também tenho muito orgulho de fazer o que faço. É uma sensação boa de poder levar o produto para o nosso cliente. Sensação de dever cumprido. Fico muito orgulhoso”, comemora.
Almoço isolado
Publicidade
Responsável por fiscalizar e cuidar dos circuitos elétricos, Genivaldo Costa mudou a rotina para preservar a saúde da família. “Minha filha e minha esposa se preocupam muito e me cobram esse cuidado quando venho da rua. E isso até na hora do almoço, que eu já combinei com a minha esposa de pegar a quentinha no portão. Minha filha fica com pena por eu não almoçar em casa, mas de que adianta eu me higienizar todo quando chego à noite se, no meio da tarde, eu entrar em casa para almoçar? A gente tem que se cuidar”, argumenta o eletrotécnico, que entende a importância social do seu trabalho. “Eu tenho que fazer o máximo do meu trabalho para que as pessoas possam continuar nas suas casas. Meu trabalho de todo dia ajuda que elas cumpram o isolamento social e isso é bom para todo mundo”.