Por

O prefeito Marcelo Crivella disse, ontem, em entrevista coletiva no Riocentro, na Zona Oeste, que esta será a semana mais difícil desde o início da quarentena. Segundo o prefeito, a escalada no número de casos registrada nos últimos sete dias associada à falta de ajuda e à demora na entrega de equipamentos essenciais como respiradores e tomógrafos pode elevar ainda mais a curva de vítimas da covid-19 na cidade.

"Nós aguardávamos, já há bastante tempo, ajuda de outros entes, o que até agora não ocorreu (...). Essa será a semana mais decisiva, mais difícil e mais angustiante, por isso eu peço a todos que têm comorbidades que fiquem em casa. Noventa por cento das vidas que perdemos são de pessoas com comorbidades".

Entre os agravantes pontuados, destacou a situação dos respiradores chineses que estavam prometidos para o fim de abril, mas ainda não chegaram. Segundo ele, os equipamentos só devem ser entregues na próxima semana. "Para nós, essa é a semana 'D', porque mesmo com os tomógrafos, vários deles, sendo instalados, o que nos dará uma chance enorme de detectar a doença no início dela, nossos equipamentos da China só chegam ao longo dessa semana, mas nós não teremos isso amanhã. Nós não teremos isso na terça, na quinta, nem na sexta. Não teremos no sábado. Então, é o momento talvez mais difícil para nós", pontuou.

'Lockdown'

O prefeito garantiu que não há qualquer chance de trocar o modelo de isolamento social implementado atualmente por um mais rígido. Crivella chegou à conclusão após reunião com o gabinete científico de crise. Segundo ele, os 20 especialistas que fazem parte do grupo descartaram a necessidade de paralisação total, o 'lockdown'.

"Os nossos especialistas não consideram isso por razões de efetividade em relação aos processos que ocorrem com essa doença. E com as contaminações que vão atingindo determinados setores da sociedade e imunizando a maioria da nossa população, que, ao terminar essa crise, estará imunizada".

O único aumento às restrições mencionado pelo prefeito pode acontecer em áreas que continuam registrando aglomerações na cidade, como os calçadões de Bangu, Campo grande e Santa Cruz. Nesses locais, Crivella disse que poderá fechar vias para impedir a circulação de pessoas.

Você pode gostar
Comentários