Sistema único de saúde (SUS) - Arquivo Agência Brasil
Sistema único de saúde (SUS)Arquivo Agência Brasil
Por Rachel Siston*
A preocupação com a falta de leitos para o tratamento da Covid-19 já é realidade para moradores do Rio. Na rede estadual de saúde, somente os hospitais Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, no Sul Fluminense, e o de Campanha Lagoa-Barra, na Zona Sul, ainda têm leitos disponíveis. Na unidade do Sul do estado, foram abertos 229 leitos, e as taxas de ocupação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria são de 86% e 85%, respectivamente. No hospital da capital, onde foram abertos 65 leitos, estão internados 60 pacientes.

Desde o início da pandemia, a rede estadual abriu 739 leitos em unidades da capital e Niterói, na Região Metropolitana, além de Vassouras e Volta Redonda, no Sul do estado. Entre os leitos, 587 foram destinados a hospitais de referência no tratamento do novo coronavírus, sendo 299 deles de UTI e 288 de enfermaria. Os outros 152 são de outras unidades estaduais e áreas isoladas. Considerando as unidades da rede estadual, 2.266 pacientes estão internados e a taxa de ocupação é de 74% em leitos de enfermaria e 84% de UTI.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em toda a rede pública, há 363 suspeitos ou confirmados para a doença aguardando transferência para UTIs, que podem ser encaminhados para hospitais estaduais, municipais ou federais. “Há rotativa de vagas ocasionadas por altas, óbitos, além de reservas técnicas de leitos para pacientes já internados que possam agravar o quadro clínico, necessitando de UTIs”, explicou a pasta. O hospital de campanha do Maracanã, próximo a ser inaugurado, terá 400 leitos. Mais 1.400 leitos em sete hospitais de campanha e uma estrutura modular serão inaugurados de forma gradativa durante o mês de maio, de acordo com a evolução da pandemia.

Pela rede municipal de saúde do Rio, foram abertos, desde o início da pandemia, 611 leitos exclusivos para pacientes com coronavírus. A previsão é que sejam abertos outros 400 no Hospital de Campanha do Riocentro, na Zona Oeste, nos próximos dez dias, com a chegada de equipamentos vindos da China.

Ao todo, o Hospital de Campanha e o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte, dedicados ao tratamento da Covid-19, terão 881 leitos, sendo 500 deles na unidade do Riocentro, e outros 381 na da Zona Norte. Atualmente, os hospitais operam com 100 e 230 leitos, respectivamente.

Há também pacientes internados em leitos de outras unidades de emergência da rede municipal, em locais reservados para o atendimento. Até a manhã de ontem, 295 pessoas aguardavam na fila da regulação para transferência para UTI reservada para pacientes com coronavírus na cidade.

São Gonçalo abre mais leitos

A Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo, na Região Metropolitana, determinou a abertura de mais uma enfermaria, com seis leitos, no Hospital Municipal Luiz Palmier (HLP), referência no tratamento da Covid-19, depois do aumento da entrada de pacientes com sintomas da doença nas unidades da cidade.

Atualmente, o hospital conta com 100 leitos, 40 deles para tratamento intensivo, com respiradores e monitores com oxímetros e termômetros, e a equipe médica e de enfermagem cuida de 12 pacientes internados nas enfermarias e 9 no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Segundo o secretário de saúde Jefferson Antunes, quando a ocupação de leitos chegar a 70%, o Hospital Franciscano, que será referência no tratamento do coronavírus, será aberto.
* Estagiária sob supervisão de Waleska Borges
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