Paulo Marinho - Roque de Sá/Agência Senado
Paulo MarinhoRoque de Sá/Agência Senado
Por O Dia
Rio - O empresário e pré-candidato à Prefeitura do Rio Paulo Marinho (PSDB) disse que recebeu reforço em sua segurança após pedir ao governador do Rio, Wilson Witzel, proteção à sua família. O empresário relatou ao governador ter sido alvo de ameaças após denunciar em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo que o senador Flavio Bolsonaro foi avisado por um delegado da PF de que a Operação Furna da Onça seria deflagrada. As investigações envolviam o ex-assessor Fabrício Queiroz.
"Em função de novas circunstâncias surgidas nas últimas horas, solicitei ao governador do RJ proteção policial à minha família e, após criteriosa análise das autoridades envolvidas, fomos atendidos. Seguiremos firmes lutando pela verdade e pelo Brasil. Obrigado", escreveu Marinho em sua conta no Twitter.
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O ex-ministro da Justiça Sergio Moro cumprimentou Marinho por meio da rede social. "Espero que os fatos revelados, com coragem, pelo Sr. Paulo Marinho sejam totalmente esclarecidos", disse.
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A Polícia Federal informou no fim da tarde deste domingo que instaurou um procedimento específico para a apurar a denúncia.
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O senador Flavio Bolsonaro classificou a acusação de "invenção" e afirmou que o empresário tem interesse em prejudicá-lo, já que é suplente de Flávio no Senado Federal.
A acusação foi feita em entrevista de Marinho ao jornal Folha de S.Paulo. O empresário disse, na entrevista, que o senador relatou em uma reunião em dezembro de 2018 que teve conhecimento de forma antecipada sobre a realização da Operação Furna da Onça, que alcançou Queiroz.

Segundo Marinho, Flavio Bolsonaro contou que recebeu o aviso de um delegado da PF do Rio. Simpatizante da eleição de Jair Bolsonaro, o agente teria recomendado ao senador que tirasse Queiroz do cargo. Marinho, amigo do ex-ministro Gustavo Bebianno, colaborou com a campanha presidencial de Bolsonaro, principalmente ao ceder sua mansão, na zona sul do Rio, como palco de reuniões e gravações de propaganda eleitoral. Acabou escolhido como suplente de Flávio Bolsonaro.
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A operação Furna da Onça foi deflagrada no dia 8 de novembro de 2019, com mandados expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região no dia 31 de outubro daquele ano.