Mesmo em crescente ascensão no Brasil, o mercado da beleza não conseguiu evitar os impactos da pandemia da covid-19, que fez muita gente que trabalha no ramo sentir os efeitos no bolso. E se não dá para fugir da crise financeira, alguns profissionais da Zona Oeste estão se reinventando para buscar conquistar o público quando tudo voltar à normalidade.
O Studio Nanno, no Barra World, aposta no jato de plasma como diferencial para atrair a clientela. A tecnologia permite, por exemplo, a realização da "blefaroplastia sem cortes" - procedimento para corrigir a flacidez da pele das pálpebras -, além de reduzir linhas de expressão e remover pequenas verrugas e sinais, de acordo com a esteticista do salão, Cristina Avila.
"O tratamento estimula o colágeno e elastina da pele. No mínimo três sessões, mas depende de cada paciente. O valor por sessão é a partir de R$ 180", explica a especialista, que tem percebido queda no movimento mesmo após a reabertura. A maior demanda tem sido por serviços mais urgentes e de primeira necessidade, como sobrancelhas e depilação. Para atrair mais clientes, o espaço tem oferecido algumas promoções.
"Está se normalizando. A cada semana, as pessoas perdem um pouco do medo. Estamos obedecendo todos os pré-requisitos, pedimos que eles (clientes) venham de máscara", conta Cristina.
Já no Centro Olímpico, também na Barra, a micropigmentadora Ágatha França aposta na técnica do 'shadow line' para o design de sobrancelhas. O objetivo é deixar o olhar mais marcante e com aparência natural. "A 'shadow line' é a junção da técnica fio a fio com o sombreamento, que possibilita mais volume e definição aos fios da sobrancelha", explica Ágatha.
O design de sobrancelhas, aliás, tem sido um dos serviços mais procurados mesmo durante a pandemia. Eulelia Lima, que mora na Taquara, é umas das clientes que já voltou a procurar o salão de beleza depois de mais de dois meses sem frequentá-los.
"Costumo ir ao salão para fazer a sobrancelha e cortar o cabelo. Na quarentena, fiquei dois meses sem ir e só voltei em junho. Agora, irei uma vez por mês", conta Lea, que é professora. "Não senti tanta falta porque não estava saindo. Mas sou vaidosa, então gosto de estar arrumada mesmo quando estou em casa", completou.