A ação, segundo Lages, é comum: o programa é filmado e, na hora do pagamento, as transexuais dizem que se não receberem uma alta quantia em dinheiro, vão divulgar as imagens na internet e em grupos online. No caso do bombeiro, o valor foi de R$ 7 mil. O bombeiro entrou em contato com amigos, que levaram áudios dele até a delegacia.
A informação que os sequestradores haviam dado é que eles estavam na favela da Cidade de Deus. A partir das ações da inteligência da Polícia Civil, foi identificado que, na verdade, eles estavam em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste da Cidade. A partir do conhecimento do local de rapto, os policiais realizaram a ação e a vítima foi libertada.
Com o andamento das investigações, os policiais encontraram Luma Boldrine em um outro quarto de hotel. "Quando chegamos, estavam todos nus, mas sem armas", disse o agente. A conta bancária na qual a quantia seria depositada pertencia a ela. No local foi encontrado uma certa quantidade de drogas. Os envolvidos no crime, após autuados em flagrante delito, foram encaminhados para serem ouvidos em audiência de custódia.
Segundo o delegado, esse tipo de crime é comum na Barra da Tijuca e dificilmente chega ao conhecimento da polícia porque as vítimas têm medo da exposição. “Quadrilhas de travestis são muito comum de agirem na Barra. É parecido com o que passou o Ronaldo Fenômeno. O que ocorre na prática: a vítima com medo de ser exposta e pagam o valor. A vítima não quer que chegue ao conhecimento da família, aí pede aos amigos mais próximos”, disse.