Clínica Felippe Mattoso tem unidades na Barra e na Zona Sul do Rio de Janeiro - fotos: DIVULGAção
Clínica Felippe Mattoso tem unidades na Barra e na Zona Sul do Rio de Janeirofotos: DIVULGAção
Por Danilo Pedrosa

O momento é de foco total no combate à pandemia da covid-19, mas não dá para deixar de lado a prevenção a doenças ainda muito comuns no Brasil. Especialmente hoje, Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais, é importante estar atento aos riscos dessa virose, e o Dr. Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, detentor da marca Felippe Mattoso - com clínicas na Barra da Tijuca e na Zona Sul do Rio -, ajuda a entendê-la melhor.

As hepatites consistem em uma inflamação no fígado, que pode ser aguda ou crônica, geralmente provocada pelos vírus A, B e C. Já os vírus da hepatite D, mais comum na região Norte, e da hepatite E, na África, são menos frequentes no Brasil. Os casos podem ser assintomáticos e passar despercebidos ou apresentar sintomas gerais, como mal-estar, náuseas, cansaço físico e perda de apetite. Nos quadros mais clássicos ocorre fezes esbranquiçadas, urina escurecida e coloração amarelada (icterícia) da pele e dos olhos.

Para evitar a doença, o Dr. Celso Granato dá as dicas: "A recomendação é agir de forma preventiva, conhecendo as formas de transmissão dessas doenças e por meio da aplicação de vacinas que estão disponíveis para as hepatites A e B", destaca.

O diagnóstico das hepatites é feito a partir de exames laboratoriais específicos para pesquisar no sangue a presença de marcadores (antígenos e anticorpos) contra os vírus que atacam o fígado. Já nos casos crônicos - mais comuns nas hepatites B e C -, são realizados exames para a quantificação do vírus. O ideal é que, mesmo sem sintomas, todas as pessoas realizem exames para prevenir a evolução e disseminação da doença.

Já para o tratamento, é indispensável o acompanhamento médico. "Somente um especialista pode indicar o tratamento adequado para cada paciente. Mas, em linhas gerais, a hepatite A se resolve espontaneamente em algumas semanas, sem a necessidade de qualquer medicamento. Já as hepatites B e C, quando se tornam crônicas, necessitam de tratamentos específicos com medicamentos antivirais", alerta Granato.

Contágio e prevenção
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Cada uma das hepatites tem diferentes formas de contágio. O vírus A, por exemplo, é transmitido por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra por falta de cuidados básicos de higiene, já que ele é excretado pelas fezes. Já os vírus B e C são adquiridos por contato com secreções ou sangue de um portador. O tipo B, exclusivamente, é considerado uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), e a principal forma de contaminação é pelo contato sexual.
Para prevenir a hepatite A, é importante melhorar as condições de higiene e saneamento básico. Já  para as B e C, o ideal é não compartilhar objetos de uso pessoal, como escova de dentes, utensílios de manicure e barbeadores de forma geral, e sempre utilizar camisinhas nas relações sexuais. 
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A vacina contra hepatite A faz parte do calendário infantil, com uma dose aos 15 meses de idade. A vacina contra a hepatite B também faz parte do calendário de vacinação da criança, do adolescente e do adulto e está disponível pelo SUS. Além disso, todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida.
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