O momento é de foco total no combate à pandemia da covid-19, mas não dá para deixar de lado a prevenção a doenças ainda muito comuns no Brasil. Especialmente hoje, Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais, é importante estar atento aos riscos dessa virose, e o Dr. Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, detentor da marca Felippe Mattoso - com clínicas na Barra da Tijuca e na Zona Sul do Rio -, ajuda a entendê-la melhor.
As hepatites consistem em uma inflamação no fígado, que pode ser aguda ou crônica, geralmente provocada pelos vírus A, B e C. Já os vírus da hepatite D, mais comum na região Norte, e da hepatite E, na África, são menos frequentes no Brasil. Os casos podem ser assintomáticos e passar despercebidos ou apresentar sintomas gerais, como mal-estar, náuseas, cansaço físico e perda de apetite. Nos quadros mais clássicos ocorre fezes esbranquiçadas, urina escurecida e coloração amarelada (icterícia) da pele e dos olhos.
Para evitar a doença, o Dr. Celso Granato dá as dicas: "A recomendação é agir de forma preventiva, conhecendo as formas de transmissão dessas doenças e por meio da aplicação de vacinas que estão disponíveis para as hepatites A e B", destaca.
O diagnóstico das hepatites é feito a partir de exames laboratoriais específicos para pesquisar no sangue a presença de marcadores (antígenos e anticorpos) contra os vírus que atacam o fígado. Já nos casos crônicos - mais comuns nas hepatites B e C -, são realizados exames para a quantificação do vírus. O ideal é que, mesmo sem sintomas, todas as pessoas realizem exames para prevenir a evolução e disseminação da doença.
Já para o tratamento, é indispensável o acompanhamento médico. "Somente um especialista pode indicar o tratamento adequado para cada paciente. Mas, em linhas gerais, a hepatite A se resolve espontaneamente em algumas semanas, sem a necessidade de qualquer medicamento. Já as hepatites B e C, quando se tornam crônicas, necessitam de tratamentos específicos com medicamentos antivirais", alerta Granato.