Apenas metade da frota de ambulâncias do Samu está operando durante a greve; funcionários estão há dois meses sem salários - Fernanda Dias
Apenas metade da frota de ambulâncias do Samu está operando durante a greve; funcionários estão há dois meses sem saláriosFernanda Dias
Por O Dia

Redução no número de ambulâncias, veículos velhos e sucateados, dois meses de salários atrasados, ausência de equipamentos de proteção individual, fundamentais durante a pandemia da covid-19. Infelizmente, todos esses problemas, que resultaram na greve dos funcionários do Samu, têm atingido diretamente o lado mais frágil da história, a população.

Segundo Henrique Júnior, presidente do Sindicato dos Motoristas Condutores de Ambulância do Rio, o Samu está entrando em colapso, já que cerca da metade dos veículos está parada. "A situação crítica afeta e muito a qualidade do nosso atendimento. Se com 100% da frota nós já temos dificuldade, imagina com 50%", explica, acrescentando que o tempo para o socorro chegar ao local solicitado dobrou.

Entretanto, a situação fica ainda mais dramática quando os pacientes dão seus próprios relatos. Lea Fonseca é moradora da Pavuna e estava, na tarde de ontem, no Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio. Ela afirmou que precisou aguardar mais de uma hora para conseguir socorro para sua vizinha, que havia sofrido uma queda. "Acionei o Samu por volta de uma hora da manhã, mas a ambulância só chegou ao local para socorrer uma hora e meia depois", contou.

A reportagem de O DIA flagrou que não havia nenhuma ambulância do Samu no Salgado Filho. O deslocamento feito para outras unidades da rede municipal estava sendo feito por ambulâncias da Rede SUS da prefeitura.

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