
Flávio não é investigado no inquérito e prestou depoimento como testemunha. A investigação começou porque Marinho afirmou que Flávio soube com antecedência de informações sigilosas sobre a operação e pediu uma reunião com ele (Marinho), para debater estratégias de defesa. Ao MPF, Flávio afirmou que sua preocupação era conseguir um advogado e que procurou Marinho porque julgava que ele tinha bastante conhecimento sobre o mercado de advogados. "É uma situação que vai acontecendo. A imprensa atirando pedra em mim, eu tinha que me defender, procurar um advogado. Foi essa a intenção (de se reunir com Marinho), porque o Marinho eu tinha a percepção de que era uma pessoa bem relacionada no mundo jurídico. Então fui consultá-lo pra ver se ele tinha uma pessoa para indicar", disse o senador durante o depoimento.
Sobre a afirmação de Paulo Marinho de que ouviu do advogado Vitor Granato Alves, amigo de infância de Flávio, a informação sobre o vazamento da Operação Furna da Onça, o senador disse que "certamente ele (Marinho) ouviu uma coisa e entendeu errado". Flávio negou ter ouvido ou participado de qualquer reunião na porta da sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, em que tivesse sido informado sobre a Operação Furna da Onça.
Ao Jornal Nacional, Paulo Marinho negou ter interpretado errado qualquer afirmação de Alves e afirmou ter entendido perfeitamente as informações prestadas pelo amigo de Flávio.