Delegada Valeria Aragão - Luciano Belford/Agencia O Dia
Delegada Valeria AragãoLuciano Belford/Agencia O Dia
Por Luísa Bertola*
Rio - A Polícia Civil avalia um novo caso de uma gravação feita e divulgada na internet no qual são feitos comentários sobre o corpo de uma mulher enquanto ela praticava atividades físicas na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. A queixa aconteceu após a advogada Mariana Magro denunciar na 12ª DP (Copacabana) um vídeo divulgado nas redes sociais pelo empresário Ricardo Roriz, no qual ele e o amigo Celso Barros fazem comentários de cunho sexual e gestos obscenos enquanto ela pratica ioga com uma amiga.
Publicidade
O novo caso é de uma gravação que aconteceu no dia 5 de julho, sem autorização da vítima. O suspeito de fazer é filmagem é novamente o empresário Ricardo Roriz.
"Na quarta-feira, uma segunda vítima alertada por Mariana compareceu a 12ª DP (Copacabana) afim de relatar que no dia 5 de julho teriam sido feitas filmagens por Ricardo Roriz demonstrando seu corpo e divulgando para milhares de seguidores nas suas redes sociais. A segunda vítima, de algum modo, se sentiu avildada, ofendida na sua condição de mulher e desejou representar contra Ricardo Ruiz afim de que ele seja responsabilizado por injúria qualificada e por pertubação da tranquilidade", afirmou a delegada Valéria Aragão.
Publicidade
Segundo a delegada do caso, nessa segunda gravação, as imagens foram feitas no mesmo trecho da Lagoa e em determinados momentos da gravação, o autor do vídeo dá zoom em partes do corpo da jovem e faz comentários desagradáveis e ofensivos. O vídeo também foi publicado nas redes sociais de Roriz.
Ainda segundo Valéria, após a queixa da segunda vítima, o procedimento já foi instaurado e o advogado de Ricardo Ruiz já foi notificado e apresentará novamente seu cliente para novas declarações.
Publicidade
Nesta quinta-feira, Celso, conhecido como "Celsão", compareceu a delegacia para prestar declarações sobre o caso. Segundo Barros, ele trabalhava alugando bicicletas na Lagoa, mas por conta da pandemia do coronavírus, ele começou a trabalhar vendendo bebidas e Ricardo é seu cliente.
"Ele afirmou que na verdade foi provocado pelo cliente, Ricardo Ruiz, que está sempre ali fazendo filmagens, fotografias e o atiça, o provoca para que ele também faça comentários, numa adesão de vontade do autor Ricardo. Celso se diz vítima e assustado com a repercussão negativa de todos esses fatos", informou a delegada.
Publicidade
*Estagiária sob supervisão de Adriano Araújo