Por O Dia

Um ofício entregue pela comissão de Cultura de Campo Grande à secretaria Municipal de Cultura na última sexta-feira (7) formalizou e reafirmou as reivindicações de melhorias na estrutura e a ampliação da Biblioteca Manuel Ignácio da Silva, situada na Rua Amaral Costa, 140, a cerca de 10 minutos da estação de trem e próxima ao calçadão.

O espaço, que havia sido inaugurado pela Prefeitura em novembro de 2019, nem chegou a abrir as portas para o público, uma vez que necessitava de adequações. A população teme que, com a pandemia e a possível troca de governo, as melhorias acabem não sendo realizadas. Por conta disso, foi enviado o referido ofício após uma visita técnica realizada pela Prefeitura na última terça-feira (4), na qual estiveram presentes Marcos Perota, coordenador de Equipamentos Culturais, e Renata Costa, coordenadora das bibliotecas.

Representantes da comissão de Cultura do bairro, que estiveram presentes na vistoria, Silvia Fernandes e Angelica Angelo reforçam que, desde sua instalação, o espaço não conta com acessibilidade para idosos, cadeirantes e portadores de outras deficiências, razão pela qual está sendo solicitada, em caráter emergencial, a construção de rampas de acesso e adequação dos espaços interno e externo.

O documento também pede acesso à internet e recursos audiovisuais para ampliar a capacidade de comunicação. Outro ponto é a inclusão de um elevador para o acesso ao segundo pavimento, o que dobraria a capacidade de utilização do prédio. A ocupação de uma área anexa, que está desocupada, também é solicitada, visto que a estrutura atual tem apenas uma porta para entrada e saída de visitantes.

A luta é antiga
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Sílvia Fernandes reforça que o governo municipal tem se mostrado sensível às demandas recentes da comissão de cultura, que reúne dezenas de agentes atuantes da região. Entretanto, a luta por melhorias nos espaços culturais da Zona Oeste é antiga. “Vem da década de 1980. Nós só estamos dando continuidade a esse trabalho de pessoas que não se deixaram vencer pelo cansaço”.

A movimentação no que diz respeito à biblioteca de Campo Grande começou a acontecer em dezembro de 2018, quando, numa visita à Associação Empresarial do bairro, o prefeito Marcello Crivella recebeu a demanda de mudança do endereço do equipamento, que funcionava precariamente na Praça Telmo Gonçalves Maia, de acesso mais difícil para a população. Na ocasião, o chefe do executivo se mostrou aberto à solicitação.

Um ofício enviado à Secretaria de Cultura, em janeiro de 2019, sacramentou o pedido, e, em novembro do mesmo ano, veio a primeira vitória: a mudança de endereço da biblioteca para um local mais central. Na ocasião, o secretário municipal de Cultura, Adolfo Konder, disse que o novo espaço vinha para cumprir com um dos principais pilares da atual gestão: “Uma das minhas missões à frente da pasta da Cultura é a democratização do acesso à leitura, aos equipamentos culturais e à programação da cidade”.

A comunidade espera, portanto, que esses esforços continuem sendo feitos para que a biblioteca de Campo Grande possa ainda neste ano começar a funcionar e atender plenamente a Zona Oeste.
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