Rio de Janeiro - RJ  - 08/08/2020 - Geral - Açao da ONG Rio de Paz, em memoria dos 100mil brasileiros mortos vitimas da Covid-19, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio -  Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 08/08/2020 - Geral - Açao da ONG Rio de Paz, em memoria dos 100mil brasileiros mortos vitimas da Covid-19, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - A ONG Rio de Paz faz uma manifestação em memória aos quase 100 mil brasileiros mortos pela covid-19, na manhã deste sábado, nas areias da Praia da Copacabana, na Zona Sul do Rio. Eles também protestam contra a administração do poder público durante a pandemia do novo coronavírus. Nesta sexta, o país chegou a 99.702 mortos, sendo 1.058 apenas nas últimas 24 horas.

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Rio de Janeiro - RJ - 08/08/2020 - Geral - Açao da ONG Rio de Paz, em memoria dos 100mil brasileiros mortos vitimas da Covid-19, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 08/08/2020 - Geral - Açao da ONG Rio de Paz, em memoria dos 100mil brasileiros mortos vitimas da Covid-19, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 08/08/2020 - Geral - Açao da ONG Rio de Paz, em memoria dos 100mil brasileiros mortos vitimas da Covid-19, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 08/08/2020 - Geral - Açao da ONG Rio de Paz, em memoria dos 100mil brasileiros mortos vitimas da Covid-19, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio - na foto, Marcio Antonio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
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Rio de Janeiro - RJ - 08/08/2020 - Geral - Açao da ONG Rio de Paz, em memoria dos 100mil brasileiros mortos vitimas da Covid-19, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia Reginaldo Pimenta
ONG Rio de Paz realiza manifestação em memória aos quase 100 mil brasileiros mortos na pandemia do novo coronavírus Divulgação
ONG Rio de Paz realiza manifestação em memória aos quase 100 mil brasileiros mortos na pandemia do novo coronavírus Divulgação
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Cem cruzes pretas foram fixadas com balões de gás vermelhos biodegradáveis na areia da Praia de Copacabana. Outros 900 balões foram espalhados pelo local representando as vidas das vítimas da covid-19. A manifestação está programada para durar das 6h às 11h. 
O ato também conta com um cartaz de quatro metros com a frase "100 mil: Por que somos o segundo país em número de mortos?”. Pai de uma das vítimas da Covid-19, o taxista Márcio Antônio do Nascimento Silva, de 56 anos, participou do ato. Seu filho, Hugo Dutra do Nascimento Silva, de 25 anos, assim como Márcio e a esposa contraíram a doença, mas o jovem não conseguiu se recuperar e morreu há três meses.

“Ele era jovem, era o filho mais saudável, não fumava. Ele ficou resfriado, melhorava e piorava, a gente tinha esperança, mas ele veio a óbito. É uma doença cruel, te impede de ficar do lado do seu ente querido, de cuidar da pessoa que você gosta. Você sofre com a perda, com a despedida, por não poder beijar, não poder abraçar o seu ente querido”, desabafou Márcio, que lamentou também o descaso das autoridades e da população.

“É uma luta diária, um pesadelo de 24 horas. É muito triste ver as pessoas debochando, tratando como se não fosse nada. Não consigo entender essa falta de humanidade. Eu tenho sofrido muito com isso, abala minha recuperação. Essas pessoas fazem doer tanto quanto o que nós passamos. É como se elas alimentassem o sofrimento. É muita indiferença, muita falta de empatia.”

Durante a manifestação, o taxista discutiu com um homem que acusava o protesto de propagar fake news. “Eu falei que a morte do meu filho não era fake news, era uma realidade, que ele tinha que ter um pouco de empatia. É muito triste, mas eu tento conscientizar as pessoas de que é real, de que a gente tem que tomar cuidado, porque a dor é muito grande. São 100 mil pessoas, não podemos lidar como se fossem apenas números.”

Às vésperas do Dia dos Pais, Márcio conta que a parte mais difícil da data será para o neto, de apenas 5 anos. “Hoje, o que mais me deixa triste é o meu neto de 5 anos. Eu fico pensando o que vou falar para ele no Dia dos Pais, porque eu ainda vivi 25 anos com o meu filho, e ele só viveu 5. Eu não sei como agir, não sei o que falar para ele.”  
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ONG Rio de Paz realiza manifestação em memória aos quase 100 mil brasileiros mortos na pandemia do novo coronavírus - Divulgação