"A vida é um limite diário". Este é o lema que Andrea Baptista, advogada e finalista da primeira temporada do 'No Limite', carrega desde que saiu do programa em 2000 até os dias de hoje. Após passar por provas como comer olho de cabra, a musa, que hoje tem 49 anos, fez muito sucesso, mas também enfrentou a depressão depois de perder um de seus filhos em um acidente.
Andrea conta que participar do primeiro reality show da televisão brasileira não foi fácil. Ela revelou que não tinha nenhuma informação já que a tecnologia estava começando a surgir naquela época. "Sem redes sociais estávamos afogados à própria sorte! O que esperar? Só sabia que haveria um prêmio no valor de R$ 300 mil e isso poderia mudar a minha vida e de meu filho, que na época tinha apenas cinco anos. Era um sonho!", conta Andrea.
Em 2000, aos 29 anos e com muita disposição, a advogada resolveu se lançar no programa que era algo absolutamente desconhecido, uma tremenda novidade para todos os brasileiros. Logo de cara, ela enfrentou muitas dificuldades, mas conseguiu superá-las. "Passei fome, perdi sete quilos em 25 dias, fiquei sem banho de sabão por 17 dias e comi sete olhos de cabra em uma prova só! Era tudo sensacional e desafiador. Por sorte fui escoteira, então eu me jogava nas provas e sempre tinha bons resultados", revela a advogada.
Andrea relembra ainda que a final da primeira temporada de No Limite foi composta por quatro mulheres e destaca o quanto isso foi importante logo na virada do século. "Fomos quatro finalistas mulheres: eu, Juliana, Pipa e Elaine. Quem diria... levamos os homens nas costas (risos). Para uma virada de século foi incrível, mostramos que podíamos tudo. Todas com seus sonhos, testando seus limites, força física, resistência psicológica e, acima de tudo, muita coragem", conta Andrea.
Após ser finalista do primeiro reality da história da TV brasileira, a advogada, mesmo antes de as redes sociais surgirem, fez muito sucesso. Para se ter ideia, a musa foi capa de diversas revistas, inclusive da Playboy, em outubro de 2000. "Devido ao sucesso do programa, havia uma grande quantidade de fã-clubes, principalmente em Pernambuco e na Bahia. Muita gente do Nordeste se sentiu identificada por eu ter sido uma 'mulher guerreira'", conta a advogada.
Golpe do destino
Mas nem tudo são flores. Em 2013, Andrea perdeu um de seus filhos. Elias morreu após sofrer um acidente de moto dentro do condomínio em que morava, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Um acidente a olho nu, inocente, mas fatal. Elias Júnior faleceu pouco depois de atingir a maioridade, aos 18 anos e 2 meses.
Com o falecimento de seu filho, Andrea entrou em depressão. Foi assim durante três anos, quando ela finalmente enxergou que deveria erguer a cabeça e seguir. "Lutei por três anos contra a depressão imaginando como sobreviveria sem o grande amor da minha vida. Em 2016, melhorei e enxerguei meu outro filho João Bernardo, e vi que deveria continuar. Achei um bilhete do meu filho que dizia 'beijos para minha mãe linda, parabéns por tudo!'. Tatuei essa frase e coloquei na minha cabeça que desistir não era uma opção", conta.