Rio,10/08/2020 -COVID-19 -CORONAVIRUS,BANGU, sumico das linhas de onibus aumetam busca por vans, mas transporte apresenta irregularidades durante a pandemia.grande. Na foto, motorista sem mascara.Foto: Cleber Mendes/Agência O Dia - Cléber Mendes
Rio,10/08/2020 -COVID-19 -CORONAVIRUS,BANGU, sumico das linhas de onibus aumetam busca por vans, mas transporte apresenta irregularidades durante a pandemia.grande. Na foto, motorista sem mascara.Foto: Cleber Mendes/Agência O DiaCléber Mendes
Por Anderson Justino

O sumiço ou redução de frota das cerca de 128 linhas de ônibus dentro da capital fluminense aumentou a procura por transportes alternativos, como as vans. A proposta de rapidez no serviço esbarra em cenas de irresponsabilidade de alguns motoristas: a falta de prevenção ao novo coronavírus é considerada uma das principais. A Zona Oeste, uma das regiões mais afetada pela escassez do trasporte público, é campeã de reclamações. 

"A gente usa a van porque muitas linhas de ônibus deixaram de existir. A questão é que nem motoristas nem cobradores têm nenhum tipo de preocupação com a propagação do vírus. Algumas vans colocam na porta a obrigatoriedade do uso da máscara, mas os próprios responsáveis não estão nem aí. A gente acaba usando o transporte, mas morrendo de medo", reclamou uma moradora de Campo Grande, que pediu sigilo no nome.  

Nos bairros Santa Cruz, Cosmos, Campo Grande, Bangu e Realengo, a equipe de O DIA flagrou algumas cenas ilegais. Pelo menos em sete, a cada dez vans que passavam pela Avenida Cesário de Melo, considerada a via mais importante da região, os motoristas eram flagrados sem máscaras ou com elas sobre o queixo.  

Passageiros também reclamam das condições de alguns veículos. "Tem van com banco quebrado. Em determinados horários, elas circulam lotadas. Não estão preocupados com contaminação", disse um morador de Campo Grande. 

Irregularidades

Um motorista que não quis se identificar disse que a falta de fiscalização é um prato cheio para que algumas irregularidades ocorram nos transportes alternativos que circulam na Zona Oeste.

Segundo ele, a maior parte das vans não é autorizada pela Prefeitura do Rio. "Muitas não oferecem o básico, que é o serviço com o vale transporte. Se o passageiro não tem dinheiro, não pega determinadas vans", revelou o homem.

A Rio Ônibus justifica que "a eventual interrupção de linhas é consequência da crise econômico-financeira do setor". Já a prefeitura, em nota, diz que realiza fiscalização diária, mas que "serão intensificadas com apoio da GM, para aplicação de multa a quem insistir em descumprir a determinação".

SEM FISCALIZAÇÃO, IRREGULARIDADES CORREM SOLTA
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Um motorista que não quis se identificar disse que a falta de fiscalização é um prato cheio para que algumas irregularidades corram soltas nos transportes alternativos que circulam na Zona Oeste do Rio. 
Segundo ele, a maior parte das vans não são autorizadas pela prefeitura do Rio. "Muitas não oferecem o básico, que é o serviço com o vale transporte. Se o passageiro não tem dinheiro, não pega determinadas vans", revelou o homem. 
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A Rio Ônibus, que responde pelos consócios de ônibus da capital, explica que "a eventual interrupção de linhas de ônibus que atendem ao Município é consequência da grave crise econômico-financeira vivida por todo o setor de transportes coletivos no Rio de Janeiro, como vem sendo divulgado amplamente nos veículos de imprensa".
Ainda segundo a Rio Ônibus, a expansão do transporte alternativo clandestino - em sua maior parte operado por grupos paramilitares - , a concorrência com serviços de transporte por aplicativos em distâncias curtas e ainda os graves problemas de segurança pública, além do congelamento da tarifa, influenciaram para os atuais problemas com o transporte público da capital.
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No período da pandemia as empresas de ônibus registraram queda de 75% no número de passageiros. 
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