Alexandre Pinto, ex-secretário de Obras do Rio - Onofre Veras / Agência O Dia
Alexandre Pinto, ex-secretário de Obras do RioOnofre Veras / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio Alexandre Pinto foi condenado na última sexta-feira a 23 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Essa é quarta condenação de Alexandre na gestão de Eduardo Paes.
De acordo com a 7ª Vara Federal Criminal do Rio, o ex-secretário seria responsável por utilizar contas no exterior em nome de empresas para receber e ocultar valores recebidos indevidamente como propina para favorecer o interesse de empreiteiras, prestadores de serviços e fornecedores de materiais em obras como a Transcarioca, Transbrasil e recuperação ambiental da bacia de Jacarepaguá, entre outras.
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Para ocultar a origem do dinheiro, foi aberta uma conta em nome de uma empresa no banco CFM Mônaco, da qual Alexandre Pinto era beneficiário. A primeira remessa de valores para esta conta foi realizada em 2013, no valor de US$ 274 mil e, para movimentar os recursos, o ex-secretário contou com o auxílio de um colaborador e do doleiro Juan Luis Bertrán, que foi condenado por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa.
Celso Reinaldo Ramos, operador financeiro de Alexandre foi condenado a 24 anos de prisão. Segundo a denúncia do MPF, uma empresa de Celso estava envolvida em um contrato fictício de prestação de serviços com a Andrade Gutierrez, com o objetivo de dar uma aparência legal à propina destinada ao ex-secretário.
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Além disso, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Alexandre recebeu mais de 1US$ (um milhão de dólares) em propina de executivos da Andrade Gutierrez para favorecer a empreiteira na obra com a ajuda de Juan Luis, que foi condenado no processo a 21 anos e 1 mês de prisão em regime fechado.