O Rebracovid é o primeiro estudo complementar da Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chickungunya (Replick), coordenada pela Fiocruz - Divulgação
O Rebracovid é o primeiro estudo complementar da Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chickungunya (Replick), coordenada pela FiocruzDivulgação
Por Felipe Gavinho*

Uma corrente solidária na luta contra a pandemia da covid-19: empresas norueguesas que atuam no Brasil já doaram cerca de R$ 24 milhões para apoiar o combate ao novo coronavírus no segundo país com o maior número de mortes por conta da doença. As ações vão desde cestas básicas até a criação e manutenção de hospitais de campanha. Além disso, as doações servem como incentivo aos pequenos empreendedores e mostra também a preocupação em contribuir com a economia local.

De acordo com o embaixador da Noruega no Brasil, Nils Gunneng, o governo norueguês apoia as doações feitas pelas empresas que atuam no Brasil.

"O governo espera que todas as empresas norueguesas exerçam responsabilidade social corporativa, sejam de propriedade estatal ou privada, e independentemente das atividades serem exercidas na Noruega ou no exterior. Apoiamos e apreciamos que as empresas que operam no Brasil estejam se esforçando para mitigar os impactos causados pelo novo coronavírus", afirma Gunneng.

Várias frentes

No Rio de Janeiro, a ajuda chega para incrementar a testagem da população, equipar hospitais, apoiar pesquisas e se estende até a ações sociais. A Statkraft - a maior geradora de energia renovável da Europa - doou ao Sistema Único de Saúde (SUS) o valor necessário para a produção de 4 mil testes moleculares e rápidos para a detecção do coronavírus, que serão fabricados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

E para a Universidade Federal Fluminense (UFF), serão doados três nobreaks (espécie de estabilizador de eletrônicos), quatro impressoras 3D e um molde de injeção para a produção de escudos de proteção facial.

Aker Solutions, empresa de soluções de energia, tem apoiado com a sua tecnologia, disponibilizando suas impressoras 3D, além de doar matéria-prima para a confecção de milhares de máscaras de proteção facial que estão sendo entregues a hospitais fluminenses. O Instituto D'Or contou com uma doação da Equinor para a realização de pesquisa clínica e monitoramento epidemiológico.

Área social

Já a Jotun Brasil, fabricante de tintas, apoia o projeto social Karanba. Foram doadas pela companhia 150 cestas básicas para o projeto, que usa o futebol como instrumento de apoio a crianças e jovens de comunidades carentes do Rio. A Aker Solutions também doou cerca de 600 kits de alimentação para projetos sociais de Rio das Ostras.

ONG norueguesa criada no Rio
Projeto social Karanba atende jovens de regiões de baixa renda
Projeto social Karanba atende jovens de regiões de baixa rendaDivulgação
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A ONG Karanba foi fundado no Rio de Janeiro em 2006 pelo ex- jogador de futebol norueguês Tommy Nilsen, com o objetivo de mudar vidas de crianças e jovens carentes através do esporte. 
Tommy recebeu inúmeros prêmios por seu trabalho com o Karanba, incluindo a medalha 'Orgulho do Rio', do jornal O Dia, em 2011. Para Tommy, o nome da instituição é uma brincadeira com a palavra 'Caramba', palavra que melhor descreve como ele se sentiu quando viu pela primeira vez a enorme desigualdade social e econômica no Brasil.
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Usando o futebol como instrumento, o Karanba ajuda a garotada a atingir o desenvolvimento pessoal e a educação, dando-lhes recursos para que se expressem. Assim eles poderão entrar na vida adulta com mais oportunidades e tornarem-se cidadãos íntegros. 
A sede fica no bairro de Vista Alegre, Região Metropolitana do Rio. 
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