Crianças eram penduradas por algemas em teto de estúdio de alemão, segundo testemunhas
Klaus Berno foi preso nesta quinta-feira por pornografia infantil; a maioria das vítimas tinha menos de 14 anos
Rio - Testemunhas ouvidas pela 35ª DP (Campo Grande) no inquérito que apura a produção de vídeos de pornografia infantil pelo alemão Klaus Berno Fischer disseram que crianças eram penduradas no teto do estúdio usado pelo criminoso, por meio de algemas e roldanas e, assim, aconteciam os abusos.
"As informações se confirmam diante dos vídeos que nós vimos de cunho sexual. A característica de lá era de sadomasoquismo", disse em entrevista ao DIA, Luis Maurício Armond, o delegado que investiga o caso.
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Entenda
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Klaus estava sendo procurado pela polícia após ser apontado como dono de um estúdio especializado em pornografia infantil em Santíssimo, Zona Oeste do Rio. No local havia brinquedos como balanço e gangorra, além de objetos de sadomasoquismo. A maioria das vítimas do alemão tinha menos de 14 anos.
As crianças eram aliciadas por duas pessoas em favelas, segundo o investigador, atraídas por brinquedos, bens e dinheiro. A residência fica em uma área de mata em frente à comunidade Cavalo de Aço e possuía três cômodos para filmagens.
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Na última quinta-feira, o criminoso foi preso em um sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense. Há suspeitas de que uma empresa de turismo que pertencia a Klaus também fosse usada para realizar abusos sexuais. O destino do material gravado seria a Alemanha.
Fischer foi autuado por estupro de vulnerável e pelos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que tipificam o crime de produção e venda de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes.