
Filho de peixe, peixinho é. Assim como seu pai, Irapuã Jeferson, de 31 anos, nascido e criado em Bangu, também cresceu com o empreendedorismo correndo em suas veias. Apesar de receber aquela famosa mesada quando era criança, Irapuã sempre deixou bem claro que iria buscar as suas conquistas pessoais e profissionais com as próprias mãos.
"Meu pai sempre foi um empreendedor e sempre expôs um pensamento de que quando empreendemos temos mais liberdade de explorar a nossa vida financeira e uma oportunidade de chegar mais rápido aos nossos objetivos e sonhos", conta Irapuã.
Logo aos 10 anos de idade, o jovem já vendia doces na porta de sua casa. Um pouco mais tarde, aos 16, Irapuã se tornou mais independente e passou a vender bandejas de mini pizzas usando a bicicleta de seu avô para realizar entregas em todo o bairro de Bangu, na Zona Oeste.
"Bem novo eu já tinha o meu primeiro empreendimento. Uma bancada de doces, na porta de casa, que eu abria 12h e fechava as 13h30, e depois de 16h às 17h30 só pra vender para as crianças que passavam no meu portão no horário escolar", revela.
Quando completou 18 anos, resolveu iniciar a sua carreira como fotógrafo devido ao amor pelo Carnaval. Logo no início da sua trajetória fotográfica, Irapuã caiu nas graças do patrono da Beija-Flor de Nilópolis e se tornou o fotógrafo principal da agremiação. O rapaz era tão dedicado e disposto a aprender que mais tarde chegou a ter o privilégio de fazer parte de um dos principais veículos de comunicação do Carnaval carioca, o extinto site Sambarazzo.
"O patrono da escola me convidou para fazer parte do quadro de funcionários como fotógrafo. Naquela época, eu ganhava com a fotografia valores que eu considerava um rio de dinheiro", lembra.
Um novo horizonte
Por conta das dificuldades econômicas que o Carnaval carioca vem enfrentando nos últimos anos, e por se cobrar muito financeiramente, Irapuã Jeferson, que cursou Marketing na Faculdade Gama e Souza, teve a oportunidade de trabalhar com ações Revisionais de Juros Abusivos e logo montou o seu próprio escritório.
Ele fundou a Sociedade Brasileira Revisional de Juros Abusivos (SBRJ), uma empresa que conta com vários profissionais especializados na área, dentre eles advogados, contadores, negociadores e secretários. "Fui atrás de profissionais altamente capacitados dentro do segmento de revisionais de contratos de financiamento, apresentei minha proposta e o projeto que eu gostaria de desenvolver, e logo já estava com uma equipe muito maior do que eu imaginava que começaria", afirma.
Inicialmente, Irapuã contava apenas com a sua esposa, Jessica Gomes, a qual ele considera seu braço forte dentro da empresa. Antes de tudo dar certo, ela disse que estaria com Irapuã até debaixo d'água. Hoje, devido à estabilidade financeira em sua vida, o jovem de 31 anos consegue empregar dezenas de funcionários na SBRJ.
"Temos pessoas que estão tendo a sua primeira oportunidade de trabalho, outras que são pais e mães e que dependem deste emprego para levar o seu sustento pra casa. Isso me traz muita felicidade", alegra-se o empresário carioca, que é pai de Bryan, de 9 anos, Isabelly, de 8, e dos gêmeos Antonela e Anthony, de apenas três meses.
