MPRJ arquiva investigação sobre promotora do caso Marielle que fez campanha para Bolsonaro
Instituição apurava se havia infrações nas publicações de Carmen Eliza Bastos de Carvalho
Promotora do Ministério Público do Rio, Carmen Eliza Bastos de CarvalhoReprodução/Instagram
Por O Dia
Rio - O Ministério Público do Estado (MPRJ) arquivou que investigava a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho. Ela fez postagens de apoio ao presidente da Jair Bolsonaro durante o período eleitoral de 2018. A instituição apurava se havia infrações nessas publicações.
De acordo com o órgão, a Corregedoria-Geral do MPRJ concluiu no procedimento disciplinar instaurado que não houve atividade politico-partidária. A decisão de arquivamento aconteceu em janeiro de 2020 e o procedimento está sob sigilo em razão da “garantia constitucional de proteção da imagem e intimidade”.
A repercussão do apoio da promotora à campanha do de Bolsonaro provocou o pedido de afastamento de Carmen Eliza das investigações do MPRJ sobre a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.
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No dia da posse de Bolsonaro, em janeiro deste ano, a promotora escreveu que "há anos" não se sentia tão emocionada. Antes, ao celebrar a vitória do então presidente eleito, comemorou que o Brasil teria se livrado do "cativeiro esquerdopata". "Patriotismo. Assim que se constrói uma NAÇÃO! União em prol do Brasil! Família, moral, honestidade, vitória do bem!."
À época, o órgão informou que, diante da repercussão relativa às postagens da promotora em suas redes sociais, a Corregedoria-Geral havia instaurado um procedimento para análise.
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Já a promotora afirmou, em carta que exerceu a imparcialidade na sua atuação funcional no caso Marielle e Anderson. "Venho esclarecer que, como cidadã, exerço plenamente os direitos fundamentais a todos assegurados pelo art. 5º da Constituição da República, com destaque para a liberdade de expressão, que garante a livre manifestação de minha opção política e ideológica", disse em um trecho do texto.