MetrôRio alega que acumula déficit de R$ 200 milhões no período da pandemia de covid-19 - Ricardo Cassiano
MetrôRio alega que acumula déficit de R$ 200 milhões no período da pandemia de covid-19Ricardo Cassiano
Por Bernardo Costa

Diante da queda no número de passageiros devido à pandemia da covid-19, o MetrôRio afirmou ontem que, com déficit de R$ 200 milhões acumulado desde o início das medidas de isolamento social, em 16 de março, até o mês de julho, todo o caixa operacional foi consumido. E que a empresa só consegue manter as operações até o fim deste mês, sendo necessário um aporte financeiro extra por parte do governo estadual ou federal. Enquanto isso, o Conselho Diretor da Agetransp, agência reguladora, se antecipou a uma eventual interrupção dos serviços e proibiu as concessionárias (MetrôRio e SuperVia) de suspenderem unilateralmente a prestação de serviços aos usuários dos transportes do Rio.

No início do mês, o Conselho Diretor já havia determinado ao governo do estado que adotasse providências urgentes para assegurar a continuidade dos serviços. A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans) afirmou que aposta na aprovação do Projeto de Lei (PL) federal, que prevê aporte de R$ 4 bilhões a estados e municípios, para socorro ao sistema de transportes. A votação está prevista para acontecer na próxima semana, na Câmara dos Deputados.

Em nota, a Setrans afirmou, ainda, que criou, no último dia 13, o Comitê Administrativo Extraordinário de Transportes — Covid-19, com o objetivo de estudar e propor medidas administrativas para atenuar os problemas financeiros das concessionárias. Segundo a Setrans, os resultados dos estudos devem ser apresentados em 30 dias.

"Com a aprovação do PL, também será atribuição do comitê estabelecer o critério de divisão do aporte emergencial, assim como planejar, acompanhar e controlar órgãos e entidades da administração estadual no cumprimento de contrapartidas exigidas pela União", diz a nota.

Tanto a Setrans quanto a Agetransp informaram que não receberam nenhuma proposta formal das concessionárias com alterações na operação dos transportes.

 

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