Por O Dia

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT) foi um dos 82 alvos da busca e apreensão da Operação Tris In Idem, desdobramento da Operação Favorito e Operação Placebo, ambas realizadas em maio, e da delação premiada do ex-secretário de Saúde Edmar Santos.

Segundo a delação, o chefe do Legislativo se uniu com deputados estaduais, por meio de distribuição de dinheiro público desviado, além de ter feito indicações para vagas de trabalho em Organizações Sociais (OS). Ainda segundo o ex-secretário, no ano passado, mais de R$ 100 milhões foram "oferecidos" à Alerj, por iniciativa de Ceciliano.

O documento relembra as operações Cadeia Velha e Furna da Onça, de 2017 e 2018, respectivamente, que investigavam a participação de deputados estaduais em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos, e mão de obra terceirizada em órgãos do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Constatou-se que parte da distribuição da propina passava por Jorge Picciani e Paulo Melo, ex-presidentes da Alerj.

Antes de abrir o processo de impeachment contra Wilson Witzel (PSC), Ceciliano era considerado aliado político do governador afastado. A deflagração da Operação Placebo, que apurou atos de ilícitos nos hospitais de campanha, tornou-se um marco na mudança de postura na relação entre os dois.

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