Rio de Janeiro - RJ  - 31/08/2020 - Geral - Local onde funciona Igreja de Flordelis, em Galo Branco, Sao Gonçalo, regiao metropolitana do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / O Dia - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 31/08/2020 - Geral - Local onde funciona Igreja de Flordelis, em Galo Branco, Sao Gonçalo, regiao metropolitana do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por Anderson Justino

A conclusão das investigações sobre a morte do pastor Anderson do Carmo, que aponta a deputada federal Flordelis dos Santos como a mandante do assassinato do próprio marido, repercutiu de forma negativa entre moradores e fieis do bairro Mutondo, em São Gonçalo. O templo Ministério Cidade do Fogo, que era mantido pelo casal, já não é tão bem-visto pela vizinhança.

"A situação já era ruim pra ela, agora piorou. Meus filhos foram batizados na igreja e saíram após a morte do pastor. É uma trama que precisava de um desfecho. Não é surpresa que ela tenha sido acusada de ser a mentora do crime", disse um homem morador da Rua Ronaldo de Carvalho, que fica cerca de cem metros do templo.

Os muros na cor cinza dão um tom sombrio e o cartaz que ficava na porta de entrada, com a foto da pastora ao lado do marido, indicando o nome da igreja, precisou ser retirado. Uma funcionária informou que o banner já não estava ali antes mesmo da última segunda-feira, quando a Polícia Civil e o Ministério Público prenderam os filhos e a neta da deputada. Os cultos, porém, seguem normalmente.

Por conta da acusação, o MP pediu à Justiça restrições para a parlamentar. Flordelis pode ficar apenas em Niterói, onde reside, e em Brasília, onde cumpre, até 2022, o mandato na Câmara dos Deputados. Ele teve que entregar o passaporte e não pode manter contato com os filhos presos.

A morte do pastor Anderson foi na madrugada do dia 16 de junho de 2019. A polícia concluiu o caso em duas partes. Na primeira, dois filhos do casal foram presos. Um por assassinato e o outro por ter negociado a compra da arma. Na segunda, a polícia concluiu que a deputada orquestrou o crime. Onze pessoas foram indiciadas.

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