Tarcísio Motta estava em primeiro lugar, seguido por Carlos Bolsonaro - Clarice Lissovsky / Divulgação
Tarcísio Motta estava em primeiro lugar, seguido por Carlos BolsonaroClarice Lissovsky / Divulgação
Por O Dia
Rio - O PSOL Carioca, por meio da deputada e pré-candidata a prefeitura do Rio, do vereador Tarcísio Motta, e de sua direção, protocolou, nesta terça-feira, um pedido de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella. Para o partido, a denúncia da existência de grupos denominados "Guardiões de Crivella" configura flagrante inobservância dos princípios da probidade administrativa, em especial da honestidade, imparcialidade e legalidade, além de possível crime de responsabilidade.

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Funcionários são contratados pela prefeitura para atrapalha reportagens nas portas dos hospitais municipais Reprodução / TV Globo
Fachada do Hospital Albert Schweitzer Ricardo Cassiano/Agência O Dia
Hospital Ronaldo Gazolla Gilvan de Souza
Hospital Rocha Faria Cléber Mendes
Hospital Albert Schweitzer Cléber Mendes / Agência O DIA
Hospital Rocha Faria Luciano Belford
Hospital Municipal Ronaldo Gazolla (Hospital de Acari) Reprodução / Facebook
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"Organizar funcionários públicos, detentores de cargos de confiança, para impedir que sejam denunciadas situações de irregularidade no atendimento de saúde, e coibir, às portas dos hospitais, a atuação da imprensa, intimidando jornalistas, são práticas que apontam fortes indícios de improbidade administrativa e conduta incompatível com o cargo. As pessoas participariam, ainda, de grupos de mensagens em que há indícios da participação do próprio prefeito, vigiando e incentivando a ação dos supostos guardiões", diz o comunicado.
A deputada Renata Souza considera a prática, que ataca o direito da povo do Rio a informação, inadmissível. "Crivella segue a linha de seu aliado Bolsonaro de tentar calar as críticas e a imprensa. Organizar funcionários, detentores de cargos de confiança, como se fosse uma milícia, para intimidar jornalistas e cidadãos que querem falar são práticas que apontam fortes indícios de improbidade administrativa e conduta incompatível com o cargo. Um retrato dessa administração desastrosa, corrupta e antidemocrática de Crivella à frente da prefeitura do Rio de Janeiro", diz a parlamentar.
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Líder da bancada do partido na Câmara Municipal, Tarcísio Motta afirma que a resposta imediata do PSOL responde ao episódio com a contundência necessária à seriedade das denúncias veiculadas nesta segunda-feira (31). "O fato é gravíssimo, envolve o uso de dinheiro público para fins escusos, impede o livre exercício de imprensa, e silencia as queixas legítimas da população em um momento de grave crise sanitária. Não podemos aceitar que, mais uma vez, o prefeito use a máquina pública para gerir interesses particulares, esconder a verdade e ludibriar as pessoas. O partido apresenta uma medida à altura da gravidade dos elementos apresentados, que precisam de apuração imediata e transparente por parte desta Casa Legislativa", finaliza o vereador.
'Guardiões do Crivella'
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De acordo com a TV Globo, funcionários pagos pela prefeitura fariam plantão na porta dos hospitais para impedir o trabalho da imprensa e dificultar denúncias e reclamações de cidadãos cariocas sobre o funcionamento das unidades. Em grupos de WhatsApp, eles se autointitulam Guardiões do Crivella.
Ainda segundo a emissora, os funcionários têm a orientação do gabinete do prefeito e recebem até mais de R$ 4 mil por mês. Eles têm escalas diárias, horários rígidos e são ameaçados de demissão caso descumpram as determinações.