Manifestantes se concentraram na porta do Centro de Instrução Almirante Alexandrino da Marinha, na Penha - Estefan Radovicz / Agência O DIA
Manifestantes se concentraram na porta do Centro de Instrução Almirante Alexandrino da Marinha, na PenhaEstefan Radovicz / Agência O DIA
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - No dia em que o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) foi alvo de uma operação que apura suposto esquema de corrupção na Prefeitura do Rio, o presidente Jair Bolsonaro esteve com ele em formatura de sargentos da Marinha, na Penha, na Zona Norte do Rio. Em aproximação com o presidente, o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), também compareceu.
Assim como Bolsonaro, Castro vai a Brasília após o evento para prestigiar a posse do carioca Luiz Fux na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Num breve discurso de cerca de três minutos, Bolsonaro disse apenas que estava feliz em prestigiar a formatura "nessa terra maravilhosa chamada Rio de Janeiro" e fez acenos aos militares. Do lado de fora do evento, houve protesto de reservistas, que chamaram o presidente de "traidor".

"Nós, das Forças Armadas, o povo bem comprova que nós estamos no caminho certo, que nós somos os verdadeiros guardiões da nossa democracia e tudo faremos pela nossa liberdade", afirmou o mandatário.
Cerca de 30 manifestantes - entre pensionistas, integrantes da reserva e reformados das Forças Armadas - fizeram uma manifestação em frente ao Centro de Instrução Almirante Alexandrino. Eles levaram faixas contra a Lei 13.954/19, que mudou a Previdência dos militares, e protestaram aos gritos de "Bolsonaro traidor".
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Manifestantes se concentraram na porta do Centro de Instrução Almirante Alexandrino da Marinha, na Penha Estefan Radovicz / Agência O DIA
Bolsonaro cumprimenta o prefeito Marcelo Crivella Alan Santos/PR
O governador em exercício, Cláudio Castro, com o presidente na cerimônia Alan Santos/PR
Manifestantes se concentraram na porta do Centro de Instrução Almirante Alexandrino da Marinha, na Penha Estefan Radovicz / Agência O DIA
Manifestantes se concentraram na porta do Centro de Instrução Almirante Alexandrino da Marinha, na Penha Estefan Radovicz / Agência O DIA
Manifestantes se concentraram na porta do Centro de Instrução Almirante Alexandrino da Marinha, na Penha Estefan Radovicz / Agência O DIA
Manifestantes se concentraram na porta do Centro de Instrução Almirante Alexandrino da Marinha, na Penha Estefan Radovicz / Agência O DIA
Manifestantes se concentraram na porta do Centro de Instrução Almirante Alexandrino da Marinha, na Penha Estefan Radovicz / Agência O DIA

O grupo aponta que a reforma da Previdência dos militares atingiu apenas a base - que, com isso, teria tido seus rendimentos diminuídos. Em contrapartida, resultou em aumento de vencimentos aos generais. A mudança da lei passou a vigorar no início deste ano.

"As pensionistas, que não pagavam, são tributadas agora em 10,5%, e vai aumentar mais 1% no próximo ano", apontou Zacarias Vieira, um dos manifestantes. "Nós (da reserva) pagávamos 7,5% e passamos a pagar 10,5%. E os generais tiveram um acréscimo de salário de quase 60%".

O grupo argumenta que esteve 18 vezes em Brasília para tentar um acordo, mas não conseguiu.
"Estão nos fazendo de trouxa", disparou Cibele Lima, que também participa da manifestação. "Sou mãe de militar, esposa de militar, uma vida inteira... Nós não temos nem hospital. As pessoas pensam que a gente tem uma vida econômica boa. Quem tem vida econômica boa são os generais que tiveram quase 100% de aumento, escalonado".
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Cibele acusou Bolsonaro de traição.
"Esse homem ficou às custas das tropas por 27 anos. Quando ele queria vir fazer política dentro dos quartéis eles proibiam. Quem segurava eram os graduados. E agora ele vira as costas. Essa lei sangra. Foi uma punhalada que a gente levou pelas costas", criticou.

O grupo ressalta que a insatisfação entre os militares da reserva e pensionistas está crescendo. Uma grande manifestação na Praça dos Três Poderes, em Brasília, está sendo organizada para os dias 20, 21 e 22 de outubro.