O governador em exercício Cláudio Castro - Frederico Brasil / Futura Press/Estadão Conteúdo
O governador em exercício Cláudio CastroFrederico Brasil / Futura Press/Estadão Conteúdo
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - A defesa do governador interino Cláudio Castro (PSC) entrou com uma queixa-crime contra o empresário Bruno Campos Selém - delator que envolveu seu nome em supostos desvios em contratos de assistência social firmados pela Prefeitura do Rio investigados na Operação Catarata.

Na representação, feita na última quarta-feira, o substituto de Wilson Witzel (PSC) no governo do estado sustenta que foi vítima de calúnia e pede a abertura de uma ação penal para condenar o empresário.

"No afã de apresentar fatos ilícitos ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, cita o nome do Querelante (Cláudio Castro) de forma leviana, sem apresentar elementos que respaldem a narrativa", alega a defesa.

Os advogados Carlo Luchione, Lucas Sobral Tavaes e Daniela Laboragine, que representam Castro, continuam: "O querelado (Bruno Campos Selém) imputa, falsamente, ao querelante (Cláudio Castro), condutas de enorme gravidade, que, além dos efeitos gerados no âmbito penal, certamente produziram efeitos negativos na imagem do Querelante enquanto cidadão e, especialmente, enquanto Governador em exercício no Estado do Rio de Janeiro".

Em sua delação, Bruno Campos Selém afirmou às autoridades que Cláudio Castro recebeu R$ 100 mil em propina para beneficiar a empresa Servlog Rio em contratações com o município do Rio no Projeto Qualimóvel na época em que era vereador e ocupou a Subsecretaria Municipal de Proteção à Pessoa com Deficiência.

O empresário foi preso na primeira fase da Operação Catarata, deflagrada em julho do ano passado. A segunda etapa, no mês passado, prendeu a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB) e o ex-secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, denunciados por participação no suposto esquema de corrupção que pode ter desviado até R$ 32 milhões.