Câmera do corredor do hotel flagra o momento em que o agressor sai do quarto da vítima de estupro - Reprodução
Câmera do corredor do hotel flagra o momento em que o agressor sai do quarto da vítima de estuproReprodução
Por Gabriel Sobreira
Rio - “Estou muito assustada, abalada e me sentindo violada”, confessa a mulher que foi estuprada por um funcionário do hotel em que estava hospedada na Barra da Tijuca, na noite de domingo. A vítima, por razões óbvias, terá a sua identidade preservada. O homem foi preso na noite desta segunda-feira por policiais civis da 16ª DP (Barra da Tijuca).
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Natural do estado do Pará, a mulher está na cidade a trabalho e, após o abuso, não vê a hora de esquecer tudo que aconteceu e lembra da sensação após o abuso. “Eu só queria ir embora do hotel e voltar para minha cidade. Estava com bastante medo. Porém os policiais que chegaram com a minha amiga, que foi a pessoa que reconheceu o indivíduo, eles foram de fundamental importância para que eu me sentisse segura pra ir em frente com a denúncia”, revela.
A vítima conta que já sofria de insônia crônica e que toma remédio para isso, porém piorou com essa situação. “Aumentou o pânico, nervosismo e medo de tudo e de todos”, confessa ela. “No dia do abuso (noite de domingo) eu não pude tomar o remédio que tomo de costume, pois fiquei extremamente em pânico pensando que ele poderia voltar, já que ele tinha o cartão chave para abrir qualquer apartamento que ele quisesse. Passei muito mal, mas já estou mais calma”, conta.
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Ela confidencia ainda que não era uma pessoa que imaginava que esse tipo de situação (estupro) “principalmente porque estava em um local (hotel) onde sentia que estava totalmente segura”. “Entretanto depois do ocorrido sinto medo de todos os homens que se aproximam. Mesmo sabendo que não devemos generalizar,fica essa sensação de desconforto”, pontua ela.
Como tudo aconteceu?
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De acordo com a vítima, ela chegou ao hotel por volta das 21h. “Estava passando mal do estômago e vomitando. E minha colega de curso insistiu em me ajudar e se certificar de que eu estava bem”, diz. De acordo com a vítima, a colega subiu com ela, mas os responsáveis pelo hotel – inclusive o agressor – não queriam deixar a colegar ficar um pouco no quarto. “Ela saiu.
Minutos depois, bateram na porta e como não se identificaram eu não abri”, lembra a mulher.
“Mas o agressor abriu a porta com o cartão que abria as portas de todos os quartos - tipo uma chave mestra. Ele se identificou como motorista da minha amiga que estava lá embaixo. Ele disse que ela estava preocupada. Porém, eu vi que ele estava com roupa do hotel e imaginei que era alguém do hotel e fiquei despreocupada”, conta a mulher.
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De acordo com a vítima, foi neste momento em que o acusado disse que só foi ver se a mulher estava bem e disse que ia desligar as luzes para que ela dormisse melhor.
“Nesse momento, ele veio e passou a mão nas minhas partes íntimas e quando eu me dei conta do que estava acontecendo, eu tive o reflexo de dar um chute. Me virei e falei bem alto pra ele sair. Ele saiu quase correndo. Depois não consegui mais dormir”, recorda-se ela.