Renata Castro, executada na manhã desta sexta-feira na porta de casa, em Magé - Facebook / Reprodução
Renata Castro, executada na manhã desta sexta-feira na porta de casa, em MagéFacebook / Reprodução
Por O Dia
Rio - "Amanhã é uma grande oportunidade para vocês me assassinarem". Essa afirmação foi feita por Renata Castro, de 38 anos, poucas horas antes de morrer com pelo menos 14 tiros na porta de casa, no bairro de Fragoso, em Magé, município da Baixada Fluminense, na manhã desta sexta-feira. Renata era simpatizante da família Cozzolino, que esteve no poder na cidade em diversos mandatos, e agora apresenta Renato Cozzolino (PP) como candidato a prefeito. 
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Em áudio que circula nas redes sociais, Renata afirma que vai fazer uma fiscalização no Hospital de Magé, segundo ela, exercendo seu papel como moradora do município. A vistorias seria para avaliar como está o funcionamento da unidade de saúde. Ainda no áudio, ela chama os atuais governantes de "corja de vagabundos, inoperantes e irresponsáveis" e que, quem tivesse disposição para matá-la 30 dias antes da eleição, que o fizesse. 
"Amanhã é uma grande oportunidade para vocês me assassinarem. Quem tiver essa disposição para fazer o assassinato da Renata Castro 30 dias antes da eleição, como fizeram com o P9, como fizeram na Câmara dos Vereadores (...)". 
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Uma fonte ligada à investigação também relatou que Renata estava se expondo muito em relação aos vídeos que gravava e divulgava em seus perfis.
"Ela falava e fazia acusações a muitos políticos da cidade e pessoas envolvidas em esquemas de fraude como os desvios de saúde denunciados no mês passado. Ela era uma pessoa polêmica e explosiva. Muitas pessoas a alertaram para o risco que corria por fazer acusações."
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Com a morte de Renata Castro, sobe para três o número de pessoas com ligação político-partidária mortas durante o período eleitoral na Baixada Fluminense. No dia 11 de outubro, Domingos Barbosa Cabral, de 57 anos, foi morto a tiros no bairro de Cabuçu, em Nova Iguaçu. O candidato a vereador pelo Democratas foi alvejado por diversos atiradores com toucas ninjas por volta de 18h30, enquanto estava em um bar. 
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Domingão, como era conhecido na região, chegou a ser encaminhado para a UPA de Cabuçu, porém não resistiu aos ferimentos. Policiais do 20º BPM (Mesquita) foram acionados para acompanhar a vítima, e a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o caso.
No dia 1, Mauro Miranda da Rocha, de 41 anos, também candidato a vereador em Nova Iguaçu, pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), foi morto a tiros no Bairro Rancho Fundo. O político levou tiros na cabeça, braço e peito. Ele ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na chegada ao Hospital Geral de Nova Iguaçu.

Principal alvo dos disparos feitos pelos criminosos , o político já havia sido preso por porte ilegal de arma de calibre permitido. No dia 7 de outubro de 2015, ele teve o Honda Civic que dirigia interceptado por policiais mlitares, na Estrada de Adrianópolis, no Bairro Corumbá, em Nova Iguaçu. Ao revistar o veículo, os policiais encontraram uma pistola embaixo do banco do carona.
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