Alvo de operação policial, politico nega envolvimento com a milícia de Magé - Divulgação
Alvo de operação policial, politico nega envolvimento com a milícia de MagéDivulgação
Por Anderson Justino / Yuri Eiras
Rio - Um dos alvos da operação realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio nesta segunda-feira (9) contra a milícia que atua em Magé, na Baixada Fluminense, o vereador e candidato à Prefeitura da cidade, André Antônio Lopes do Nascimento, conhecido como Sargento Lopes (PSD), disse ter sido alvo de perseguição política.

Nas redes sociais, o político gravou um vídeo para negar seu envolvimento com grupos paramilitares.

"Não tenho nada de ilegal na minha casa, não pertenço à milícia e muito menos a um grupo de extermínio", disse o político. 
No mesmo vídeo, o candidato alega que pode se tornar mais vítima de um atendado no município.

"Há duas formas de parar o Sargento Lopes: uma é a bala, que já estamos esperando por um atendado a qualquer momento. A outra é usando a justiça, como fizeram hoje. Colocaram minha família dentro da política", completou. 
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Investigações da Polícia Civil e do MP apontam um relacionamento estreito entre o candidato e a milícia de Magé. 
O delegado Moyses Santana, titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) trata essa aproximação entre Lopes e os milicianos como uma espécie de "vinculo forte". O policial militar reformador é suspeito de usar a força política e policial para facilitar a ação do grupo criminoso. “Detectamos um vínculo forte entre o Sargento Lopes e essa organização criminosa. Ele facilitava a atuação do bando ao não reprimir os crimes”, afirmou o delegado Moyses Santana.
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De acordo com a Polícia Civil, 16 pessoas foram indiciadas. Dos dez mandados de prisão, nove foram cumpridos. Um deles contra André Cosme da Costa Franco, vulgo André Careca, apontado como líder do grupo paramilitar. 
Três policiais militares da ativa, um deles é filho do vereador André Antônio Lopes do Nascimento, foram alvos de busca e apreensão.