Em entrevista ao DIA, Vanusa explicou que está em contato com as famílias dos meninos desde o dia 29 de dezembro, através de um grupo de mães do qual faz parte, mas a mobilização junto à OAB aconteceu depois. "Comecei oferecendo apoio como professora de um dos meninos mas percebi que as famílias estavam completamente desamparadas. A Defensoria Pública não ofereceu suporte nenhum, as mães estão recebendo ajuda psicológica e de divulgação do caso através de amigos", explica.
A advogada, então, solicitou ajuda para o presidente da 53º Subseção de Belford Roxo, Abelardo Medeiros Tenorio. "Depois que fiz esse contato com o Abelardo conseguimos montar uma comissão para prestar auxílio para essas famílias e, dessa forma, ter uma resposta mais rápida e eficaz neste caso tão complexo", disse Vanusa.
A expectativa é que na próxima semana o governador em exercício Cláudio Castro se encontre com as mães de Lucas Matheus, 8 anos, Alexandre da Silva, 10 e Fernando Henrique, 11, para prestar apoio e planejar uma maior mobilização em busca das crianças desaparecidas.
Vanusa contou também que na segunda-feira (11), as famílias vão se reunir com o delegado Uriel Alcântara Machado, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que investiga o caso, às 15h, para compartilhar as informações obtidas pelas câmeras de segurança dos estabelecimentos localizados no bairro de Areia Branca, bairro em que os meninos foram vistos pela última vez.
Vanusa do Carmo relatou que Alexandre se mostrava ser uma criança tranquila e tímida nas aulas. Ela também relembra que ele é uma criança bastante carinhosa e cheia de amigos. "Ele tinha as suas limitações no aprendizado como qualquer outra criança da idade dele, mas sempre foi um bom aluno, sempre muito calmo", lembrou a professora do primário.
Sem novas informações sobre o caso
A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (8) que não há novas pistas sobre o paradeiro das crianças. "Desde o registro do desaparecimento das crianças, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) ouviu familiares e testemunhas e realizou diligências em pelo menos 30 locais na capital e nos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, com base em depoimentos e notícias de possíveis regiões em que os meninos teriam sido vistos.
Denúncias que possam ajudar nas investigações devem ser realizadas pelo telefone da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, no número 98596-7442."