Demanda da semana que vem é de um grupo que soma cerca de 105 mil pessoas (80 a 85 anos) - Luciano Belford/Agencia O Dia
Demanda da semana que vem é de um grupo que soma cerca de 105 mil pessoas (80 a 85 anos)Luciano Belford/Agencia O Dia
Por Yuri Eiras
Rio - A Secretaria Municipal de Saúde determinou regras para a aplicação das doses que sobrarem da vacina de Oxford/AstraZeneca. Na quarta-feira, funcionários de uma clínica da família denunciaram ao DIA que vacinas poderiam ser desperdiçadas por falta de público, já que cada frasco contém dez doses - serve dez pessoas -, mas a validade dura apenas seis horas após aberto.
A Secretaria Municipal de Saúde recomenda que os frascos multidoses sejam abertos no início do dia, para dar tempo de não perder a propriedade farmacológica. Ao fim do dia, caso cheguem pessoas para receber a vacina, é recomendável que a unidade de saúde abra frascos de dose única, que é o caso da Coronavac, para evitar desperdício. A SMS garantiu que todas as clínicas e centros possuem as duas vacinas, chinesa e britânica.
Publicidade
Na quarta-feira, funcionários de uma clínica da família da Zona Oeste disseram que corriam risco de perder até cinco doses por falta de público - apenas cinco profissionais de saúde tinham ido se vacinar. Momentos antes de fechar a unidade, no entanto, enfermeiros foram até um abrigo próximo para vacinar funcionários do local e assim evitar o descarte.
"Caso isso aconteça, os profissionais estão autorizados a aplicar essas vacinas em outras pessoas que necessitam, dentro da unidade ou na região. Mas a recomendação é que eles evitem que isso aconteça. Isso é uma exceção para não se perder dose, e para isso acontecer tudo precisa estar devidamente documentado para que não seja motivo de pessoas furarem a fila", comentou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
Publicidade
Ontem, em nota, a Secretaria Municipal de Saúde explicou que a recomendação é "que as unidades se programem para utilizar todas as doses do frasco no período orientado pela fabricante". A pasta negou que tenha havido desperdício de doses, e disse ainda que a aplicação das sobras "deve ser realizada sob supervisão, para garantir que de fato se tratem de doses excedentes à demanda do dia".