Paes promete melhora no BRT, mas diz que vai demorar
Consórcio e Prefeitura do Rio estabeleceram prazo de 3 meses para negociar mudanças no contrato de concessão; controle de bilhetagem é ponto pleiteado
Por O Dia
Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse na manhã desta terça-feira que o controle do sistema de bilhetagem do BRT foi um erro, já que o Poder Público não tem acesso aos números. Após um dia de paralisação no serviço, Paes prometeu em entrevista ao programa 'Bom Dia Rio, da TV Globo' que o BRT vai funcionar bem, mas disse que a melhora não vai acontecer no tempo desejável. Em reunião na segunda-feira, o consórcio e a Prefeitura estabeleceram prazo de 3 meses para negociar mudanças no contrato de concessão.
"Vai demorar um tempo para voltar a funcionar bem. Mas, vamos ficar em cima. Não tem ônibus na prateleira. Não podemos fazer aportes fora do contrato", disse.
O consórcio afirma que está em crise financeira. A queda no deslocamento de passageiros por conta da pandemia é apontado como um dos motivos para que a empresa diga que não tem dinheiro para pagar salários e insumos, como combustível. Paes ressalta que o acesso aos números da bilhetagem é necessário para embasar o subfinanciamento do sistema.
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O prefeito, que se reuniu com representantes do setor na segunda-feira, voltou a classificar a paralisação como "um movimento coordenado".
Os três corredores do BRT (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica) voltaram a funcionar normalmente às 4h desta terça-feira após um dia de paralisação que deixou passageiros sem opção de transporte, expostos a mais aglomeração e alternativas com preços abusivos. Os motoristas começaram a voltar ao trabalho na noite de segunda-feira. Com a volta do serviço neste terça-feira, no entanto, os usuários do serviço encontraram problemas costumeiros, como ônibus lotados.
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A Justiça do Trabalho marcou uma audiência para as 14h desta terça-feira na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O BRT Rio suspendeu a aplicação do 5º. Termo Aditivo assinado com o Sindicato dos Rodoviários. Com isso, foi solicitado aos motoristas o retorno imediato ao trabalho. Um dos motivos da paralisação foi o anúncio de que os funcionários ficariam afastados por 10 dias sem remuneração.
Da audiência participarão o Ministério Público do Trabalho, a Prefeitura do Rio, o BRT Rio e o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro.
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O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informa que a cidade retornou ao Estágio de Normalidade às 8h desta terça-feira. Não há impactos na mobilidade da cidade. Segundo o BRT Rio, o sistema está operando normalmente nos três corredores. A cidade havia retornado ao Estágio de Mobilização às 5h. Com a paralisação do consórcio, a cidade entrou em Estágio de Atenção às 6h30 de segunda-feira, 1º de fevereiro.
O Estágio de Mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade.
No sábado (30), o BRT divulgou nota para anunciar que não tem recursos para honrar os próximos compromissos prioritários, como o pagamento da segunda parte do salário de janeiro – em 5 de fevereiro – e a compra de insumos necessários à operação, como combustível, por exemplo.