Prefeito Eduardo Paes assumiu a gestão com a folha do 13º salário de 2020 em aberto. Abono tinha que ter sido pago em 2020 - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Prefeito Eduardo Paes assumiu a gestão com a folha do 13º salário de 2020 em aberto. Abono tinha que ter sido pago em 2020Estefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O prefeito Eduardo Paes alertou a população para que não comprem eventos de bailes e festas durante o Carnaval este ano. Paes disse que a Prefeitura monitora eventos, blocos e bailes clandestinos e que haverá fiscalização e proibição de aglomerações. Pela terceira semana consecutiva, todas as 33 regiões administrativas da cidade do Rio continuam com a classificação de alto risco de contágio de covid-19. 
"Não comprem ingressos porque vocês têm uma enorme chance de perder o dinheiro. Estamos monitorando esses eventos e eles serão cancelados. Desculpe a expressão chula, não sejam otários para dar dinheiro para quem não vai entregar o produto que está vendendo. Todos estamos tristes por não poder pular o Carnaval, falo isso com dor no coração e pessoalmente, mas, nós temos que manter esses cuidados', declarou durante entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira, no Centro de Operações Rio.
Publicidade
O secretário de Ordem Pública, Breno Carnevale informou que a prefeitura está monitorando e notificando sites de vendas de ingresso. Segundo ele, um dos eventos de Carnaval identificados iria acontecer no Arpoador, nos dias 14 e 16. O prefeito Eduardo Paes reforçou o apelo para à população manter as medidas de segurança.
Rio segue em risco alto para a covid-19
Publicidade
Pela terceira semana consecutiva, todas as 33 regiões administrativas da cidade do Rio continuam com a classificação de alto risco de contágio de covid-19. Até o momento, há 191.038 casos confirmados de covid-19 na cidade e 17.726 mortes. A taxa de letalidade está em 9,2%. No entanto, a taxa de ocupação de leitos operacionais na cidade, que está em 77%, e a fila por internação - quatro pessoas na noite desta quarta-feira - está em queda.

A cidade contabiliza 160.702 vacinados. O prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, reforçaram que a estratégia de de imunização neste momento é dos idosos. A meta é chegar até o fim de fevereiro com todos os idosos acima de 75 anos vacinados e, em março, todos acima de 60.

"A lógica é a mesma: salvar vidas. E quem mais vai à óbito são as pessoas mais velhas. Há grupos que querem antecipar sua vacinação, mas vamos manter a estratégia de vacinar os mais idosos primeiro. Se Deus quiser e a vacina chegar, todas as pessoas acima de 60 anos estarão vacinadas até o fim de março", disse Eduardo Paes.
O Rio de Janeiro se tornou, na quinta-feira, a cidade com mais mortos por covid-19 do Brasil. A capital fluminense chegou ao total de 17.726 óbitos desde o início da pandemia até esta quinta-feira (04/02), ultrapassando São Paulo, que registrou 17.583 mortes, de acordo com os dados das prefeituras dos dois municípios.
Publicidade
Paes justificou dizendo que a gestão anterior não organizou a rede básica de saúde como deveria, causando elevado números de mortes no Rio, que ele classificou como um genocídio. "Em janeiro, começamos a organizar o sistema e chegamos agora com fila de internação praticamente zerada", disse.

REPESCAGEM NA VACINAÇÃO

Neste sábado, todos os idosos acima de 90 anos que não puderam se vacinar ao longo da semana poderão ser imunizados. A vacinação será nas clínicas da família e centros municipais de saúde, além de nove pontos de drive thru, que vão funcionar de 8h às 12h.
A população pode consultar o ponto de vacinação mais próximo de casa na plataforma "Onde ser atendido", no site prefeitura.rio/ondeseratendido. Os postos drive-thru com maior capacidade de vacinação são os do Sambódromo e o do Parque Olímpico.
Publicidade
Segundo Daniel Soranz, há a expectativa da chegada de mais doses da vacina Sinovac/Butantan e AstraZeneca/Oxford com produção pela Fiocruz.

"Fomos criticados por ter antecipado a vacinação do público acima de 75 anos, e não ter reservado estoque da vacina. Mas a nossa estratégia é trabalhar com o estoque baixo para vacinar as pessoas no menor tempo possível", disse Soranz.

Questionado sobre perda de doses por equívocos no acondicionamento, Soranz comentou que este tipo de problema pode acontecer, mas não há dados de doses deterioradas:
"Isso pode acontecer o tempo todo numa campanha de vacinação deste tamanho. Acontecendo, vamos analisar e tomar todas as medidas necessárias".