Rio de Janeiro registra mais de 2 mil novos casos de covid-19. - Reprodução
Rio de Janeiro registra mais de 2 mil novos casos de covid-19.Reprodução
Por O Dia
Rio - A Prefeitura do Rio mudou o método de divulgação das mortes por covid-19 no município. Inicialmente, os dados eram contabilizados pelo dia do registro no sistema, agora, são divulgados no painel de acordo com a data da morte.
Como muitas vezes as mortes são registradas com dias ou semanas de atraso, os dados ficam defasados e apresentam uma falsa redução.

Em nota, a Prefeitura informou que a nova versão do painel busca apresentar dados de mais fácil entendimento e indicadores de maior importância e que os dados removidos eram imprecisos do ponto de vista epidemiológico, pois não refletiam de fato a distribuição da mortalidade ao longo do tempo.

Alta taxa de letalidade para covid-19 no Rio

Os dados da Prefeitura do Rio mostram que, atualmente, a taxa de letalidade da covid-19 é de 9,2% por 100 mil habitantes. A capital fluminense registrou 17.648 óbitos por coronavírus até a manhã desta segunda-feira. Na semana passada, o Rio se tornou a cidade com o maior número de óbitos por coronavírus do Brasil e já ultrapassou até a cidade de São Paulo.
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Em entrevista ao DIA, a pesquisadora em saúde do Centro de Estudos em Gestão de Serviços de Saúde do COPPEAD/UFRJ e Membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ, Chrystina Barros, explicou que a alta taxa de letalidade está diretamente ligada a falta de testagem da população.

"A letalidade de uma doença significa o número de óbitos decorrentes de uma doença sobre o total de número de casos dessa doença. O que acontece especificamente no Rio de Janeiro é que comparando até com outros países, a capital tem testado em torno de 25 pessoas por cada mil habitantes. Se a gente olhar, por exemplo, a Inglaterra ou alguns países da Europa, esse número chega a 800 pessoas por cada mil habitantes. Então, é lógico, se nós estamos testando basicamente apenas pessoas que têm sintomas, nós não temos o número real de casos de doença, e por conta disso, a letalidade será mais alta", explicou Christyna.