Leonardo Magalhães Gomes da Silva, o Capitão Léo - Arquivo Pessoal
Leonardo Magalhães Gomes da Silva, o Capitão LéoArquivo Pessoal
Por O Dia
Rio - A Justiça determinou a libertação do capitão da Polícia Militar, Leonardo Magalhães Gomes da Silva, apontado como chefe de uma milícia que domina os os bairros de Vargem Grande e Vargem Pequena, na Zona Oeste, e de outros seis seis homens que seriam seus comparsas. Os sete haviam sido presos na Operação Porto Firme, realizada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) em julho do ano passado.
A decisão de soltura é do juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanço, da 1ª Vara Criminal Especializada, que alegou durante audiência, no dia 22 de janeiro, ausência de "ameaça devidamente delineada à ordem pública, à instrução criminal", pois os depoimentos já foram realizados. A pena de prisão foi substituída por outras medidas, mais brandas: comparecimento mensal em juízo até o quinto dia útil de cada mês para informar e justificar suas atividades, proibição de manter contato e de se aproximar das testemunhas envolvidas e recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.
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PM líder da milícia de Vargem Grande pagou propina a policiais para aliado não ser preso
Investigações do Ministério Público estadual (MPRJ) apontam que o PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, conhecido o Capitão Léo, teria pago R$ 6 mil de propina a outros militares para que um comparsa não fosse preso durante uma abordagem policial. 
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O Ministério Público obteve provas de que policiais militares tinham ciência dos crimes cometidos pelo grupo paramilitar comandado pelo Capitão Léo. No entanto, ao invés de repreenderem as ações da quadrilha, eles "iam conversar com os integrantes do grupo".
Antes de ser preso, o capitão da PM ocupava um cargo importante na Polícia Militar. Leonardo era responsável pela fiscalização dos gastos da corporação. Ele também supervisionava contratos das oficinas mecânicas credenciadas pela PM para a manutenção de viaturas.
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O cabo Fernando Mendes Alves foi um dos presos da operação - Reprodução / Facebook
O cabo Fernando Mendes Alves foi um dos presos da operaçãoReprodução / Facebook
Um segundo PM que foi liberado é o soldado Fernando Mendes Alves, o Biro, apontado como o braço-direito de Leonardo. Antes de ser preso, ele era lotado no Programa Segurança Presente.
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Narcomilicianos
A milícia de Vargem Grande se aliou a traficantes de drogas para ambos os grupos exercerem o domínio sobre moradores e comerciantes da região. Os milicianos são conhecidos na região por agirem com extrema violência e armados. A quadrilha tem uma hierarquia e cada um tem sua função, através de núcleos.