João Felipe Cordeiro Barbieri e João Victor Silva Roza saíram da prisão pela porta da frente usando alvarás de soltura falsos - Divulgação/Portal dos Procurados
João Felipe Cordeiro Barbieri e João Victor Silva Roza saíram da prisão pela porta da frente usando alvarás de soltura falsosDivulgação/Portal dos Procurados
Por O Dia
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) confirmou que o secretário de Administração Penitenciária do estado, Raphael Montenegro, será convocado para apurar as fraudes na soltura de presos. A reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (18). Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), prestar esclarecimentos é algo "natural e positivo".
Depois que começaram a surgir as suspeitas sobre os alvarás de soltura falsos, que estavam permitindo que criminosos perigosos saíssem da prisão, a Seap determinou que fosse feito um mutirão para verificar a legalidade de todos esses documentos cumpridos desde setembro de 2020.
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Em nota, a secretaria declarou que "está atuando na apuração dos fatos em conjunto com todos os demais órgãos vitimados pelas fraudes". Para a Seap, “prestar esclarecimentos ao Tribunal de Justiça é algo natural e positivo, pois da troca de impressões sobre os casos em exame certamente sairão conclusões importantes para que se consiga apurar em definitivo a culpabilidade dos envolvidos”.
O alerta foi aceso depois que João Felipe Barbieri, considerado um dos maiores traficantes do mundo, foi solto, no dia 18 de novembro. Ele é integrante da quadrilha de Frederick Barbieri, considerado o 'Senhor das Armas', segundo as investigações, e saiu da prisão após cumprir três dos 27 anos de sua pena usando um alvará de soltura falso. Antes, em 14 de outubro, João Victor Roza, o 'Negão', também já havia deixado a cadeia usando o mesmo método.
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Ao analisar a situação e o documento, o desembargador Marcelo Granado desconfiou e deu início às apurações. Em reportagem do Fantástico, da TV Globo, foi apurado que 43 casos começaram a ser investigados na última semana.
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O alvará usado por João Felipe Barbieri foi forjado para se passar como um alvará oficial da Justiça Federal. Houve ainda a falsificação de outro documento para atestar que não havia mandado de prisão contra ele e João Victor Roza. Entre os erros, estão número do processo errado com a assinatura de um policial fictício, além do número do alvará também inventado, entre outras fraudes.
Confira a nota da Seap na íntegra:
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A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária está atuando na apuração dos fatos em conjunto com todos os demais órgãos vitimados pelas fraudes. Prestar esclarecimentos ao Tribunal de Justiça é algo natural e positivo, pois da troca de impressões sobre os casos em exame certamente sairão conclusões importantes para que se consiga apurar em definitivo a culpabilidade dos envolvidos.