Fiocruz comemora a liberação para o uso emergencial da vacina de Oxford no Brasil
Em março, serão entregues, no total, 15 milhões de doses do imunizante
Em março, serão entregues, no total, 15 milhões de doses da vacinaDivulgação
Por O Dia
Rio - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comemorou, nesta quinta-feira, a liberação da OMS para o uso emergencial da vacina Oxford/Astrazeneca, do Reino Unido. Até o momento, apenas duas vacinas têm essa autorização do órgão competente: AstraZeneca e Pfeizer/BioNTech. A autorização da OMS incluiu também as vacinas produzidas pelo Instituto Serum na Índia, produtor do qual a Fiocruz já importou dois milhões de vacinas prontas.
Nas redes sociais, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, disse que essa é uma notícia excelente e que mostra a qualidade da vacina que estão produzindo. "É um reconhecimento internacional da qualidade da vacina que estamos produzindo na Fiocruz e um passo fundamental para o enfrentamento global da pandemia de forma igualitária, a partir do consórcio da Covax Facility."
A autorização da OMS era um pré-requisito para iniciar a distribuição das vacinas pela Covax Facility, iniciativa liderada pela própria Organização para um enfrentamento igualitário da pandemia que permitirá o acesso de países mais pobres aos imunizantes.
Com baixo custo, larga capacidade global de fornecimento, possibilidade de armazenamento e transporte em temperatura de 2-8º C, eficácia geral de 82% e alta proteção já na primeira dose (76%), com intervalo longo (três meses) entre as duas doses recomendadas, a vacina da AstraZeneca tem sido considerada uma das mais estratégicas para o enfrentamento global da pandemia.
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Na última sexta-feira (12), a Fiocruz deu início à produção de um lote de 400 mil doses de pré-validação para garantia de adequação do processo de produção. A liberação do primeiro lote de um milhão de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS) está prevista para a semana de 15 a 19 de março.
Em março, serão entregues, no total, 15 milhões de doses da vacina. A produção será escalonada ao longo dos primeiros meses para que sejam entregues 100,4 milhões de doses até julho e mais 110 milhões ao longo do segundo semestre.
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No dia 10 de fevereiro, o Comitê Consultivo de Vacinas Covid-19 (Sage, na sigla em inglês) do OMS já havia recomendado a vacina com indicação de duas doses, considerando um intervalo de oito a 12 semanas entre elas, e apontando sua segurança para adultos de 18 anos ou mais, incluindo idosos.