Na reunião, ainda foi solicitada a suspensão do pagamento da TUAPLuciano Belford / Agência O Dia

Por Aline Cavalcante
Rio - Atuando irregularmente, já que até esta quinta-feira as medidas restritivas proibiam ambulantes de trabalharem no Rio, os vendedores estão aliviados com a permissão para voltarem à ativa amanhã até 17h. Apesar do decreto, nas praias da Zona Sul muitos continuaram trabalhando nas areias e no calçadão.
Jany Neves, 26, que há 3 anos trabalha vendendo drinques e açaí na praia de Copacabana conta que encontrou uma brecha na fiscalização e continuou as vendas durante o período de restrição. "Tenho uma filha de 6 anos para sustentar, pago aluguel e tenho contas vencendo, nao tenho como parar de trabalhar. Mesmo com a proibição eu trabalhei assim mesmo. Ainda bem que amanhã estamos oficialmente de volta".
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Jany disse discordar das medidas adotadas pela prefeitura. "Acho que não precisava restringir. Os ambulantes não provocam aglomeração", opinou.
Lucas Gonçalves, 19, vendedor de água, refrigerante e cerveja, acredita que a maior parte das aglomerações acontecem nos quiosque e sempre à noite.
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"Daqui que eu tiro meu sustento. Se eu não trabalhar, não pago meu aluguel. No último final de semana deixei de vender muito. Por isso nao parei de rodar por aqui. Fico atento à fiscalização evitei ficar parado em um só lugar. O camelô não causa aglomeração, bastava restringir o horário como vai ser a amanhã. Acho que a restrição era necessária, mas não dessa forma".
Carlos Andrade, 23, que vende drinques nas areias da praia Arpoador, revela que a necessidade falou mais alto. "A gente dá um jeito e trabalha mesmo não podendo. Ainda bem que vai liberar amanhã".
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Bares e quiosques abertos até 21h
As regras mudam também a partir desta sexta-feira (12) também para bares e quiosques que ao invés de 17h poderão funcionar até 21h. A mudança ainda não é a ideal na opinião dos empresários.
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"Melhora, mas ainda é longe do ideal porque continua não ajudando para pagar nossas despesas. O mais razoável seria até 23h. Não entendemos qual o critério para esta decisão. De pode até 21h por que não até 23h. Vamos continuar lutando para mudar isso", afirmou Gabriel Fonseca, 37, proprietário de um bar no Leblon, na Zona Sul do Rio.
Já os donos dos quiosques estão mais satisfeitos.
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"É um bom começo para nós, já vai aliviar nos prejuízos que tivemos nesta última semana. Nesta semana, mesmo sem funcionar, tive que deixar o freezer ligado para manter as bebidas e alimentos que estão na validade o gasto de luz foi o mantido enquanto não faturamos nada. Além disso, perdi muitos alimentos que não tinha como guardar. Agora é correr atrás e trabalhar. Ainda não vai dar pra recontratar os funcionários que tive que dispensar, mas vai ajudar a diminuir os prejuízos", relatou Thadeu de Lima, proprietário do quiosque do Naná, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.