Pandemia: Brasil perde 1.656 vidas para a Covid-19 em 24hReprodução

Rio - A pandemia da covid-19 fez o mês de fevereiro deste ano registrar o maior número de mortes alcançado na série histórica do Portal da Transparência do Registro Civil, com 12.523 óbitos, comparado a quantidade do mesmo mês em anos anteriores. O portal reúne dados dos cartórios de todo o país e contabiliza a quantidade de falecimentos desde 2015.

Desde o início da pandemia no estado do Rio, entre o período de março de 2020 a fevereiro de 2021, foram registradas mais de 177 mil mortes nos cartórios fluminenses. O número inclui todas as mortes em geral, como acidentes e questões de saúde.

Quando esses números são comparados ao período anterior à pandemia, é possível identificar a influência que a covid-19 teve no estado. Foram 50,5 mil mortes a mais registradas, a quantidade indica um crescimento de 39,9% dos óbitos.
Especialista faz alerta
O infectologista Edmilson Migowski criticou o método de combate à covid-19 no país e alertou para o aumento do número de mortes. "Se os governantes continuarem repetindo o mesmo método, esperando resultados diferentes, não terão. A tendência é, com o número de casos aumentando, sem que as pessoas façam a medicação precoce, por exemplo, as mortes continuarão ocorrendo de forma intensa. Por isso, é importante olhar para os três pilares de combate à covid-19: manter o distanciamento social, usar a máscara, higienizar as mãos e vacina. O segundo pilar é orientar a população contra sintomas precoces da covid-19, reforçando o primeiro pilar. E o terceiro pilar é a medicação precoce", pontuou o especialista.
"Quanto ao número de mortes aumentar, se manter ou diminuir, vai depender da vacinação, de quão pró-ativos os gestores serão para estabelecer a medicação precoce", explicou Migoswki.

O Brasil fechou o "ano da pandemia" com um total de quase 1.5 milhão de mortos, número recorde desde o início da série histórica. No país, o período de março de 2020 a fevereiro de 2021 totalizou 1.498.910 mortes, um total de 355.455 falecimentos a mais do que a média dos mesmos períodos desde 2003.