Elis de Sá posa com uma das mulheres atendidas pelo projeto Cabelinhos do Bem
Elis de Sá posa com uma das mulheres atendidas pelo projeto Cabelinhos do BemPalmer Assessoria de comunicação / Divulgação
Por O Dia
Os cabelos são a 'moldura' dos rostos das mulheres e faz bem estar com eles sempre arrumados, independentemente de seu tamanho ou corte. Mas pacientes com câncer, geralmente, sofrem muito ao ver seus fios caírem devido aos tratamentos para combater a doença. Pensando em levantar a autoestima dessas pacientes, o projeto social Cabelinhos do Bem, fundado há cinco anos, oferece implante de mega hair para mulheres que não têm condições de pagar pelo serviço. Além disso, ainda ensina a profissão para aquelas que querem se inserir no mercado de trabalho. Todos os serviços são gratuitos e eles estão sempre precisando de doação de cabelos para continuar os atendimentos. 
A ideia de criar o projeto foi da empresária Elis de Sá, da Barra. Ela conta que recebia muitos pedidos de ajuda para colação de mega-hair em mulheres que estavam em tratamento oncológico ou que já haviam passado por isso. O objetivo inicial era somente de proporcionar uma melhora na aparência comprometida pelo tratamento e, como consequência, elevar a autoestima, promovendo bem-estar e qualidade de vida às pacientes.
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"A realidade das mulheres de classe D e E que enfrentam esta doença é muito triste. Elas perdem tudo, literalmente, inclusive a vontade de continuar vivendo. Senti que precisava fazer alguma coisa por elas", explica ela.
A seleção das candidatas é feita pelo WhatsApp (99873-4713). Interessadas devem enviar uma mensagem. Então, Elis solicita algumas informações, como laudo médico, para dar continuidade ao atendimento e, assim, encaminhar a paciente. Além disso, elas são inseridas num grupo onde todas trocam experiências.
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"Não estávamos juntas sempre, mas utilizávamos o aplicativo para nos ajudar, trocar experiências, ouvir umas as outras e até marcar nossos encontros presenciais. Agora, com a pandemia, não podemos mais nos encontrar, então, a nossa rede de apoio está toda ali", afirma Elis.
Jaqueline Chagas, de 40 anos, chegou ao projeto em 2017, após ser diagnosticada com câncer de mama. Hoje, ela ainda faz acompanhamento com o médico, mas a experiência foi tão gratificante que ela ajuda a coletar doações de mechas para outras mulheres. "Depois que entrei para o projeto Cabelinhos do Bem, me senti curada sem estar. Me olhar no espelho com cabelo já me fez sentir melhor."
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E quem pensa que o projeto cuida só da autoestima, está enganado. Com a pandemia, Elis viu a necessidade de conseguir doações de cestas básicas para as mulheres atendidas. "Estas mulheres que enfrentam o diagnóstico e o tratamento de diversos tipos de câncer, muitas vezes são negligenciadas pela família e por empregadores, refletindo em total estado de abandono. Assim sendo, vi a necessidade de pedir aos meus amigos e clientes que doassem cestas básicas para elas. Então, temos voluntários denominados de Padrinhos e Madrinhas que se comprometem em garantir a alimentação mensalmente", conta.
E o projeto vai além do embelezamento. Na tentativa de recolocá-las no mercado de trabalho, o Cabelinhos do Bem oferece um curso prático de aplicação de mega hair, gratuitamente. Visando assim formar profissionais que possam atuar em salão de beleza com carteira assinada ou como autônoma. "O curso tem duração de três meses e acontece todo final de semana, no meu salão de beleza Maison Elis de Sá. Elas aprendem uma profissão e ainda têm a oportunidade de ajudar outras mulheres com o mesmo problema. A corrente de amor e solidariedade não pode ter fim", orgulha-se a empresária.
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Mas o número de doações caiu e ainda é necessário obter ajuda. Mais de 500 mulheres foram beneficiadas com este projeto. "Toda ajuda é bem-vinda. Seria ótimo podermos contar com mais doações de cabelo, cesta básica e até mesmo de material para utilizarmos no curso prático", explica.
Para saber como ajudar, siga o perfil do projeto no Instagram (@cabelinhosdobem).
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