Parentes e amigos pedem a liberação de mototaxista que teria sido preso injustamente em Japeri
Grupo alega que Carlos Lobo, 36, foi forçado por traficante a dar carona, mas PMs acharam que ele seria comparsa. Motoboy foi baleado na perseguição
Rio - Familiares e amigos de um mototaxista, de 36 anos, baleado e preso por PMs do 24º BPM (Queimados), no último sábado, fizeram uma manifestação em frente à prefeitura de Japeri. Os parentes de Carlos Lobo Ataíde afirmam que ele foi vítima e não suspeito na perseguição que resultou na sua prisão. Segundo eles, o motoboy foi forçado por um traficante armado a levá-lo para a comunidade Engenheiro Pedreira, no município, onde ocorreu a abordagem.
"Meu irmão é trabalhador, pai de duas filhas evangélico e nunca teve envolvimento nenhum com tráfico ou com qualquer outra atividade ilícita", disse o irmão do motoboy, Thiago Lobo que reclamou ainda da postura da PM, que impediu familiares de visitarem Carlos no Hospital Geral de Nova Iguaçu, em Nova Iguaçu, onde ele se recupera do disparo.
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A perseguição que resultou na prisão de Carlos aconteceu por volta das 6h30 da manhã de sábado. Segundo relatos de amigos, ele foi forçado por um traficante portando um fuzil a dar "bonde", como é chamada a carona forçada à traficantes, até a comunidade Engenheiro Pedreira, quando PMs avistaram a moto e iniciaram perseguição. Na ação, os policiais do dispararam atingindo a perna direita de Carlos, que perdeu o controle da moto e caiu. Ferido, o motoboy ficou caído e o traficante conseguiu fugir.
O grupo de manifestantes foi recebido na porta da Prefeitura de Japeri pela prefeita, Fernanda Ontiveiros (PDT), que prometeu solidariedade a família. "Vamos buscar todos os mecanismos possíveis para que se realmente foi feita injustiça, essa justiça seja feita. O que estiver ao nosso alcance para que essa justiça seja feita. A gente confia na justiça. Tenho certeza que vocês vão conseguir provar isso e o que nós pudermos ajudar, nós vamos fazer", garantiu.
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Na internet, amigos e clientes do mototaxista pedem pela liberação do profissional. "Vejo o cara todo dia indo trabalhar pela manhã", disse um dos usuários do Facebook.
Carlos Lobo é casado e tem duas filhas adolescentes, uma de 10 e outra de 12 anos.
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